O Arquitecto João Pedro Costa doutorou-se com a mais alta das classificações, aqui, na Escuela Tecnica Superior de Arquitectura de Barcelona onde defendeu a sua tese intitulada "LA RIBERA ENTRE PROYECTOS. Formación y Transformación del Territorio Portuario, a Partir del Caso De Lisboa".
Para além do gosto pessoal em testemunhar o sucesso académico de um jovem promissor que comigo colaborou em tempos, e de assistir à discussão de um tema de inegável interesse numa escola de referência em termos internacionais, é-me grato registar mais duas coisas importantes. A primeira é que, como se vê, temos inteligência no País capaz de desenvolver trabalhos de investigação da mais alta qualidade científica e de os fazer reconhecer por académicos prestigiados de não menos prestigiadas academias estrangeiras.
A segunda nota tem um cariz mais pessoal, para me congratular com o facto de uma tentativa, feita em 2002, para desenvolver a maior operação de reabilitação urbana e infraestrutural à escala metropolitana, ser hoje objecto de análise e tratamento científico a este nível. Tratava-se de, com assento num modelo complexo mas de sustentabilidade estudada – que chegou a ser desenvolvido nas suas principais componentes, juridico-procedimental, institucional e financeira –, desenvolver uma operação de planeamento e reabilitação urbanas na margem sul do Tejo, a que se chamou "Baía do Tejo", envolvendo a Margueira em Almada, a Siderurgia Nacional no Seixal e a Quimiparque no Barreiro. A instabilidade política vivida então, e – afirmemo-lo! - a falta de visão de quem poderia dinamizar o processo, não permitiu dar continuidade a esse projecto. A tese de João Pedro Costa vem confirmar a razão política da decisão. E o erro do abandono de uma tentativa de, num quadro pensado, abordar integradamente os problemas gravíssimos da poluição nas antigas zonas industriais, e avançar com as soluções previstas de renaturalização e valorização das zonas ribeirinhas e para os problemas infraestruturais e das relação com a margem norte do estuário do Tejo que o tempo vem agravando.
Claro que o trabalho que foi sindicado por um júri exigente como se imagina que é o júri de doutoramento numa escola de arquitectura de Barcelona (presidido por Joan Busquets), não se limita à análise desta questão. É um trabalho bem mais vasto e de alcance mais amplo como se percebe pelo título.
Se destaco este particular aspecto da tese, é porque tenho esperança que a "Baía do Tejo" possa a ser novamente tema para a agenda das políticas de ordenamento do território e das cidades, que tão necessitada anda de temas destes.
Para além do gosto pessoal em testemunhar o sucesso académico de um jovem promissor que comigo colaborou em tempos, e de assistir à discussão de um tema de inegável interesse numa escola de referência em termos internacionais, é-me grato registar mais duas coisas importantes. A primeira é que, como se vê, temos inteligência no País capaz de desenvolver trabalhos de investigação da mais alta qualidade científica e de os fazer reconhecer por académicos prestigiados de não menos prestigiadas academias estrangeiras.
A segunda nota tem um cariz mais pessoal, para me congratular com o facto de uma tentativa, feita em 2002, para desenvolver a maior operação de reabilitação urbana e infraestrutural à escala metropolitana, ser hoje objecto de análise e tratamento científico a este nível. Tratava-se de, com assento num modelo complexo mas de sustentabilidade estudada – que chegou a ser desenvolvido nas suas principais componentes, juridico-procedimental, institucional e financeira –, desenvolver uma operação de planeamento e reabilitação urbanas na margem sul do Tejo, a que se chamou "Baía do Tejo", envolvendo a Margueira em Almada, a Siderurgia Nacional no Seixal e a Quimiparque no Barreiro. A instabilidade política vivida então, e – afirmemo-lo! - a falta de visão de quem poderia dinamizar o processo, não permitiu dar continuidade a esse projecto. A tese de João Pedro Costa vem confirmar a razão política da decisão. E o erro do abandono de uma tentativa de, num quadro pensado, abordar integradamente os problemas gravíssimos da poluição nas antigas zonas industriais, e avançar com as soluções previstas de renaturalização e valorização das zonas ribeirinhas e para os problemas infraestruturais e das relação com a margem norte do estuário do Tejo que o tempo vem agravando.
Claro que o trabalho que foi sindicado por um júri exigente como se imagina que é o júri de doutoramento numa escola de arquitectura de Barcelona (presidido por Joan Busquets), não se limita à análise desta questão. É um trabalho bem mais vasto e de alcance mais amplo como se percebe pelo título.
Se destaco este particular aspecto da tese, é porque tenho esperança que a "Baía do Tejo" possa a ser novamente tema para a agenda das políticas de ordenamento do território e das cidades, que tão necessitada anda de temas destes.
1 comentário:
Ora aqui está o exemplo de uma intervenção bem pensada, analisada e ponderada como as que se esperam dos poderes políticos. Só lhe faltou a execução, o que não é para admirar, já que normalmente se executa o que dá mais dividendos políticos no imediato.
Os parabéns ao agora Doutor Arquitecto e também ao Ferreira de Almeida pelo trabalho estruturado e estruturante que pretendeu desenvolver.
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