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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Quinze dias por terras da China VIII: O risco de ser concubina


As concubinas eram uma instituição do Império Chinês. Alguns imperadores chegaram a ter 3.000, devidamente alinhadas num ranking de 72 graus, que começava com o grau 1 da Imperatriz, ao 72, que agrupava todas as não classificadas até ao grau 71.
Por isso, não seria uma vida agradável, mesmo tendo ao serviço jovens guardas, garbosos, mas eunucos, e muitas envelhecendo sem nunca terem sido contempladas com a chamada ao dossel imperial. As concubinas dos graus mais baixos eram solicitadas por sorteio e este revelava-se adverso para muitas. Ademais, alguns Imperadores tinham mais olhos que barriga e outros depauperavam-se em assuntos menores, como os negócios do império, aí desgastando forças e facho. Algumas desagradavam-se e mostravam a ingratidão atentando contra a vida do Imperador. Como aconteceu com duas ingratas na Dinastia King. No Palácio Imperial e na câmara em que tal aconteceu, a guia explicou detalhadamente a situação.
Descobertas, foram condenadas à morte, cortadas lentamente aos pedacinhos.
Como exemplo para as outras, dizia convictamente a guia, uma guia free-lancer, que tomava claramente o partido do Imperador…
A partir daí, os eunucos passaram a conduzir as concubinas completamente nuas ao leito imperial. Para que ficasse evidente que não transportavam consigo armas ligeiras.
No pesado inverno chinês, um elevado risco de resfriamento para as eleitas, para mais nem sempre devidamente recompensado pelo imperial ardor…

1 comentário:

Suzana Toscano disse...

Tirando a parte de as cortarem aos bocadinhos, a reserva de concubinas teve réplicas muito além fronteiras chinesas, ainda ontem estive a ver um filme sobre a Pompadour e a corte de Luis XV e não mostra uma evolução assim tão grande em relação às dinastias chinesas.