... mas alguém se apercebeu que vai haver "directas" no PSD?
Que o País está interessadíssimo nesta eleição?
Que a disputa mobiliza os militantes do PSD?
Que a comunicação social tem dado grande destaque a este acontecimento?
E que a opinião pública...
6 comentários:
Esta coisa de directas vem acrescentar muita coisa....
Permitam-me discordar, mas na última semana Marques Mendes tem ocupado lugar de destaque no serviço noticioso.
Se não me engano, só hoje teve direito a um espaço nos primeiros 10 minutos no jornal da uma na RTP e uma entrevista na SIC Notícias.
Naturalmente, a três anos de eleições, com um governo monocolor e até agora estável que só agora é contestado, e sem opositor interno, as directas do PSD não se tornaram o centro da atenção mediática.
Mas em 2008 será bem diferente.
Desde há coisa de 15 anos que não falho um Congresso. No primeiro como observador, depois como Congressista, tendo sido eleito várias vezes para o Conselho Nacional naquilo que se chama de "listas geracionais". Uma treta. Agora, tenho ido como primeiro eleito numa Câmara Municipal.
Desta vez não irei. As razões explico-as no meu blog (http://pedropmarques.blogspot.com).
Até tinha pensado ir mas já não vou. O primeiro congresso das directas ameaça ser uma valente seca. E não é pelas directas; é pela ausência de discussão, pelo cinzentismo situacionista, pelo excesso de taticismo dos adversários, que preferem esperar para daqui a dois anos. Se eles têm essa legitimidade, também eu me arrogo no direito de não querer lá ir, desta vez, esperando por ocasiões mais interessantes.
Apetece-me perguntar, caro Vítor, porque não foi a jogo?
A crítica só faz sentido num contexto de afirmação da diferença, na construção de alternativas... caso contrário, são meras bocas balofas.
Um abraço arquitectónico.
Caro Félix Esménio
Julgo que sabe que sempre fui contra as directas. E assim continuo!
Depois de todas as vantagens que anunciaram com as directas, a montanha pariu uma pulga!
Afinal onde estão as virtudes das directas? Ou será que a culpa é do situacionismo que refere o Pedro Marques?
É. A “culpa” é da anemia daqueles que só têm vivacidade ou fulgor quando estão no poder.
Na oposição ficam recolhidos quais voyeurs.
Vai ver daqui a dois anos a animação das directas.
O cheiro do poder é que atrai. O fardo da oposição esgota.
O problema não é o método de eleição, mas sim as “legítimas” estratégias pessoais.
Eu só acho que quem critica deve ir a jogo...
Caso contrário, criticar o quê, e porquê?
Mas, enfim... existem três longos anos, pelo menos, para reflexão, participação e, quem sabe, construção de alternativas assentes em ideias frescas e corajosas. Oxalá!
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