"O Presidente da França teve uma posição muito corajosa quando disse que não haveria razões para se fazer um referendo, se não houvesse um tratado constitucional." - Sócrates dixit nas comemorações do 14 de Julho, dia da nação francesa.
Afinal Sarkozy já sabe qual o conteúdo do tratado e já decidiu que não há referendo. E Sócrates, a quem foi conferido o mandato de o elaborar, não sabe?!
Cada vez que o senhor Primeiro-Ministro é obrigado a pronunciar-se sobre a ratificação, torna mais claro que a promessa de referendar o novo tratado foi, afinal, uma impostura que nem o contexto pré-eleitoral em que foi feita, desculpa. E constitui mais uma machadada na credibilidade interna dos dirigentes políticos, que a bem dizer em nada parece preocupar o chefe do Executivo, notoriamente hipnotizado pela investidura nas funções de refundador da Europa.
Fazer-nos crer que não tem uma posição tomada e que só se pronuncia sobre a forma da ratificação quando conhecer o conteúdo do tratado - querendo fazer de nós estúpidos, ingloriamente, como no futuro se verá - é uma impostura muito maior.
Sobre este mesmo assunto, subscrevo (com a devida vénia) e sublinho este clarividente post do cmonteiro, no Tonibler.
2 comentários:
Mais uma assinatura na lista!...
Mais preocupante que o primeiro-ministro não vá cumprir uma promessa (pfff...outra?), é que não a vá cumprir por lambebotismo.
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