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domingo, 8 de julho de 2007

As Maravilhas do Mundo em que vivemos...

Lisboa foi a cidade escolhida para a declaração das novas Sete Maravilhas do Mundo.
Trata-se de uma iniciativa meritória que tem por missão contribuir para a recuperação e manutenção de símbolos que constituem os grandes marcos na História da Humanidade. De facto quem viaja e conhece e aprecia a história da civilização e do mundo antigo reconhece o valor, a beleza, a marca civilizacional, a carga cultural que transformaram essas magníficas obras em tesouros seculares, conferindo-lhes uma eternidade e imortalidade que fazem deles Património da Humanidade.
Esta iniciativa promove a divulgação destes monumentos, procurando sensibilizar países, governos, organizações e cidadãos de todo o Mundo para a sua riqueza e para a necessidade de os proteger e de os preservar.
Parte das receitas provenientes desta iniciativa reverterão para a reconstrução do Buda gigante de Bamiyan, no Afeganistão.
A declaração das novas Sete Maravilhas do Mundo decorreu esta noite em Lisboa num espectáculo verdadeiramente maravilhoso. Maravilhoso pela variedade de ambientes e representações culturais e pela combinação da coreografia, das vozes, das cores, do brilho das luzes, da música, da dança e muito mais que transformaram magia e fantasia em muita alegria e emoção.
Portugal foi o País escolhido para palco desta grande festa! E bem, porque esteve à altura do acontecimento. Mais uma vez provou que sabe receber e fazer coisas bem feitas... E o Estádio do Sport Lisboa e Benfica deu uma ajuda.
E as Maravilhas do Mundo vencedoras foram:
- Grande Muralha da China,
- Chichén Itzá, no México,
- Machu Picchu, no Peru,
- Cristo Redentor, no Brasil,
- Coliseu de Roma,
- Taj Mahal, na Índia,
- Petra, na Jordânia.
E Portugal elegeu as suas mais queridas Maravilhas:
- Mosteiro de Alcobaça,
- Mosteiro dos Jerónimos,
- Palácio da Pena,
- Mosteiro da Batalha,
- Castelo de Óbidos,
- Torre de Belém,
- Castelo de Guimarães.

2 comentários:

Bartolomeu disse...

Em 40 anos, transformamos a divisa de "orgulhosamente sós", para "desesperadamente sós".
Ha 700 anos Portugal ainda era maioritáriamente ocupado pelo povo Árabe. Ha 500 anos Portugal, revelou ao "mundo", que para além dos mares, exixtiam outros continentes, habitados por outras gentes. Foi esse povo determinado e heroico, que orgulhosamente só, enfrentou os tenebrosos mares, povoados à época de monstros terríveis e concedeu à humanidade ensejo para a evolução. O pioneirismo, a descoberta e tudo o que daí resultou, poderiam e deveriam, em minha opinião, ter agora sido reconhecidos, na escolha de um dos monumentos nacionais que assinalam essa época.
Chichén Itzá, no México, concordo, Machu Picchu, no Peru, concordo, Petra, na Jordânia, concordo, Cristo Redentor, no Brasil, abstenho-me, Coliseu de Roma, porquê? Grande Muralha da China,pela monumentalidade?, porque se vÊ da lua? porque a sua construcção ficou devedora de milhares de vidas humanas? o que simbuliza efectivamente a "grande muralha da China? o Taj Mahal, na Índia, pela magnificência?, porque é um simbulo ao amor? Quantas vidas custou? Quantas fomes de um povo miserável custou? Tudo em prol da satisfação de um capricho.
São os critérios que tristemente presidem as escolhas da sociedade, é isso, não é cara Margarida?

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Bartolomeu
A iniciativa das Maravilhas do Mundo assenta numa análise estética e de beleza arquitectónica. É nesta dimensão que se insere a minha reflexão. Não está em causa uma análise social. Mas os seus comentários, sempre interessantes, conduzem-me a partilhar um pouco a diferença entre ambas as abordagens.
Os sacrifícios impostos pela ambição e pelo capricho do poder de imperadores, reis e "donos do mundo" aos seus povos e a outros subjugados ao seu domínio na construção de grandes empreendimentos é uma excelente razão para respeitarmos e elogiarmos todos quantos no passado perdido da civilização fizeram a sua realização.
As escolhas e as preferências das Maravilhas do Mundo, das Maravilhas Portuguesas, porque também as temos, ou de outras maravilhas, qualquer que seja a via – cada um de nós tem as suas próprias preferências e simpatias - não são a negação das "misérias" que as tornaram possíveis. E, também, não me parece que sejam tristes escolhas, no sentido de expressarem insensibilidade às condições da sua realização ou existência.
São antes a rendição à História da Humanidade... É chocante e intolerável por exemplo a destruição do Buda gigante de Bamiyan no Afeganistão! A sua história também está carregada de muita miséria, mas nada pode justificar a sua pura e simples eliminação.
Defendo a protecção e preservação de todas as Maravilhas do Mundo. Felizmente o denominador comum é o da preservação da identidade histórica e cultural, que conduz os povos de hoje a “conservarem” o seu passado. A História não se apaga, o importante é transportá-la para o presente e dela retirar honesta e legitimamente todas as suas consequências…
Olhemos por uns momentos para Portugal… Hoje ouvimos muita gente dizer, a alto e bom som, que não é do passado que nos alimentamos, que nos deixemos de passadismos e de tristes fados…Pois é, e então?
Caro Bartolomeu é triste que pensemos assim!