A Margarida, ontem, e o Professor Massano, há tempos, brindaram-nos com belos textos sobre o riso. E se, como o Professor dizia, em Portugal o riso não abunda, a sua raridade torna-o um valor apetecido, bem sublinhado pela Margarida, quando diz que um sorriso significa muito.
Um e outro texto deram-me ânimo a partilhar um episódio da minha vida profissional que recordo sempre com muita satisfação, embora já lá vão mais de vinte anos. Possam o testemunho e o significado perdoar-me alguma imodéstia!...
Era membro do Conselho de Administração de uma importante e conhecida empresa e o meu gabinete era no décimo andar. No percurso, era normal o elevador parar várias vezes, para saírem ou entrarem colaboradores. Certo dia, entrei sozinho no rés-do-chão, tendo-se-me juntado dois colaboradores no 1º andar, que me cumprimentaram e a quem retribuí afectuosamente, como aliás sempre foi meu costume.
Um deles, com quem não tinha, aliás, muito relacionamento, surpreendeu-me ao dizer o seguinte:
Sr.Dr. gostava de lhe dizer, e já temos conversado entre colegas, que gostamos de nos encontrar consigo, nem que seja no elevador. Já conhecemos muitos administradores nesta casa, mais ou menos competentes, não é isso que está em causa, mas sempre guardaram uma distância enorme em relação a nós, fazem sempre um ar sisudo, como se fossemos os responsáveis pelas suas desgraças ou pelas desgraças da empresa, cumprimentando-nos de maneira formal e fria. Com o senhor Dr. não é assim; o Senhor sorri com satisfação e cordialidade quando nos vê e cumprimenta e, por ser tão raro nesta casa, até nos faz sentir bem!...
Fiquei surpreendido, pois nunca tinha interiorizado essa minha faceta. Mal tive tempo de lhes agradecer, pois de imediato saíram, quando o elevador parou no oitavo andar.
Creio que foi o maior elogio que recebi na minha vida. E nunca esqueci a importância de um sorriso e de um cumprimento afectuoso!...
Por isso tem razão a Margarida, quando diz que um sorriso significa sempre muito. Eu diria que, em certas ocasiões, muito mais do que poderíamos pensar!...
Um e outro texto deram-me ânimo a partilhar um episódio da minha vida profissional que recordo sempre com muita satisfação, embora já lá vão mais de vinte anos. Possam o testemunho e o significado perdoar-me alguma imodéstia!...
Era membro do Conselho de Administração de uma importante e conhecida empresa e o meu gabinete era no décimo andar. No percurso, era normal o elevador parar várias vezes, para saírem ou entrarem colaboradores. Certo dia, entrei sozinho no rés-do-chão, tendo-se-me juntado dois colaboradores no 1º andar, que me cumprimentaram e a quem retribuí afectuosamente, como aliás sempre foi meu costume.
Um deles, com quem não tinha, aliás, muito relacionamento, surpreendeu-me ao dizer o seguinte:
Sr.Dr. gostava de lhe dizer, e já temos conversado entre colegas, que gostamos de nos encontrar consigo, nem que seja no elevador. Já conhecemos muitos administradores nesta casa, mais ou menos competentes, não é isso que está em causa, mas sempre guardaram uma distância enorme em relação a nós, fazem sempre um ar sisudo, como se fossemos os responsáveis pelas suas desgraças ou pelas desgraças da empresa, cumprimentando-nos de maneira formal e fria. Com o senhor Dr. não é assim; o Senhor sorri com satisfação e cordialidade quando nos vê e cumprimenta e, por ser tão raro nesta casa, até nos faz sentir bem!...
Fiquei surpreendido, pois nunca tinha interiorizado essa minha faceta. Mal tive tempo de lhes agradecer, pois de imediato saíram, quando o elevador parou no oitavo andar.
Creio que foi o maior elogio que recebi na minha vida. E nunca esqueci a importância de um sorriso e de um cumprimento afectuoso!...
Por isso tem razão a Margarida, quando diz que um sorriso significa sempre muito. Eu diria que, em certas ocasiões, muito mais do que poderíamos pensar!...
3 comentários:
Caro Dr. Pinho Cardão
A sua história, que compreendo seja inesquecível, é a prova de que um sorriso pode fazer toda a diferença!
Para quem sorri e para quem recebe o sorriso!
Afinal não custa nada. Para aqueles que não têm o hábito de sorrir ou que não sorriem porque acham que "trabalho é trabalho" não faria mal algum se pensassem em rever esse seu ar sisudo...
Como dizia no meu post, rir é uma competência!
Podemos ser muito competentes profissionalmente mas pode ser curto. A empatia com as pessoas é uma qualidade valiosa. No trabalho, em particular, faz toda a diferença. Não há razão para não SORRIR!
Eu desejo acrescentar caros amigos, que para além de uma competÊncia, em minha opinião, rir, é sobretudo uma aptÊncia.
Como já referi noutras ocasiões, moro perto de uma aldeia do Conselho de Alenquer, com residentes muito idosos, gente que passou ao longo da vida pelas maiores provações e privações, mas gente que aprendeu de pequeno a rir, riram toda a vida, e na velhice continuam a rir, mas, para além de rirem com a boca, riem com os olhos, percebe-se fácilmente que aquele riso lhes brota do íntimo, é algo que eles partilham com todos e que recebem de retorno.
Um sorriso faz toda a diferença. Nesta história torna-se evidente, o sorriso é algo tremendamente humano. Por isso um sorriso é como dar a mão a alguém e dizer-lhe, anima apesar de existirem coisas que não nos merecem, mas não é motivo para deixar de sorrir.
O Bartolomeu refere os velhinhos e o seu sorriso, mas algo que me delicia nesses meios, é que o com o sorriso vem sempre um Bom dia ou boa Tarde. Não sei porque, mas esta mistura dá-me alento.
A morte está certa, por isso temos é de ir sorrindo!
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