O episódio de ontem, em que Sócrates e Ministra da Educação deram início ao “plano tecnológico da educação”, e a que me referi no meu post de ontem, O figurão e os figurantes, acaba por ser o exemplo mais perfeito do modo como é gerido o ensino em Portugal.
Uma sala, que não era sala de aulas, professores que não eram professores, e alunos que eram figurantes!...
O Ministério da Educação vive numa completa realidade virtual, em que a sala de aulas é salão de exposições, professores são substituídos por demonstradores e os alunos pagos à peça pelas empresas fornecedoras e, no fim, pelo orçamento.
Não acabem com ele, não!...
Uma sala, que não era sala de aulas, professores que não eram professores, e alunos que eram figurantes!...
O Ministério da Educação vive numa completa realidade virtual, em que a sala de aulas é salão de exposições, professores são substituídos por demonstradores e os alunos pagos à peça pelas empresas fornecedoras e, no fim, pelo orçamento.
Não acabem com ele, não!...
8 comentários:
Caro Pinho Cardão,
Quanto ao episódio dos figurantes eu não consigo dizer absolutamente nada. Sinto apenas vergonha.
Mas circunstâcias em que ocorreu o episódio, a apresentação da utilização de uns quantos instrumentos tecnológicos como caminho para resolver os problemas do ensino do país, mostra um dos "alegres" equívocos a que alegremente todos batem palmas, de professores a ministros, de presidentes de câmara a investigadores, meios de comunicaçã e muitos pais (nós).
Mas quem se está a rir, são os vendedores dessas tecnologias (quimeras?) que até dá para pagarem estas encenações.
Mas a encenação é todo o projecto: dá para mostrar as verbas "enterradas" na educação, dá para dizer que os professores estão a inovar, que as ´políticas são modernas, etc, etc.
O problema é que educar é coisa "velha"!...
...E �rdua, nada tendo a ver com folclore!...
Não me parece que os "vendedores" dessas tecnologias se estejam a rir, quanto mais não seja porque o Estado não é um exemplo de bom pagador.
O Estado só é bom a exigir o pagamento de terceiros, agora ser ele a pagar é que nem por isso. Qualquer empresa que se meta em negócios com o Estado está, à partida, em maus lençóis. Isso, é conhecimento geral.
Tirando o caricato desta situação toda, os QBI já existem em algumas escolas portuguesas há, pelo menos, 3 anos e já há professores a darem formação nessa área há, pelo menos, 2 (sem terem tido necessidade de recorrer à figuração). Portanto, nem sequer estou a ver qual é o "choque" disso. "Choque" teria sido se as pessoas que trabalham nesse projecto tivessem sido apoiadas quando começaram.
E que tal contratar os professores aos ingleses, os ministros aos finlandeses, não? Bolas, pelo menos para comprar um caderninho de exames com perguntas certas deve haver um dinheirinho...
Caro Dr Pinho Cardão
A que estado chegou a máquina de propaganda deste "desgoverno"!!!
Será que é mesmo verdade, que contrataram uma empresa de "casting" para fornecer a simulaçao de alunos numa sala de aulas? Não posso acreditar, será que é mesmo verdade?
Interrogados sobre o assunto, os membros do Governo escudaram-se na empresa fornecedora e não desmentiram.
Maria de Lurdes Rodrigues, uma revisão do vexame público
http://asvicentinasdebraganza.blogspot.com/2007/07/tubares-submarinos-e-rmoras.html#links
As palavras do primeiro comentador, SC, resume, na verdade, o meu sentimento: vergonha. Vegonha epena deste pobre país.
O problema é que não são tartarugas que estão no pote, mas jacarés.
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