A rede nacional de cuidados continuados integrados é ainda insuficiente para dar resposta às pessoas idosas que por razões de saúde e circunstâncias sociais necessitam de cuidados especializados e integrados de natureza preventiva, recuperadora e paliativa. Esta incapacidade não permite ajudar todas as pessoas idosas que necessitam de ajuda médica e social. A cobertura está subdimensionada para as necessidades. Há ainda muito por fazer.
Os cuidados continuados muito associados à circunstância da doença estão directamente relacionados com as alterações demográficas e com o aumento dos níveis de dependência. A urgência desta rede é tanto mais necessária quanto sabemos que está a aumentar o número de pessoas idosas e a esperança de vida e que há um cada vez maior número de pessoas idosas que vivem sozinhas em situação de dependência.
Vieram hoje a público dados de 2009 sobre o funcionamento da rede nacional de cuidados continuados integrados. É chocante constatar que por “ausência de sensibilidade a nível hospitalar” morram pessoas idosas porque não são sinalizadas em devido tempo junto da rede, de modo a serem acolhidas de imediato após alta hospitalar.
Segundo a notícia, um doente que precisa de cuidados continuados deve ser referenciado pelo hospital até 2 dias depois do seu internamento. Mas em lugar dos 2 dias o prazo médio de sinalização é de 20 dias, ou seja, dez vezes mais, conduzindo a que os doentes sejam mandados para casa com tempos de espera superiores a um mês. Segundo a coordenadora da rede “alguns acabam por morrer sem cuidados, abandonados”.
É confrangedor verificar que problemas de gestão e organização, induzidos por falta de sensibilidade dos responsáveis e técnicos dos hospitais, originem a perda de vidas.
Os cuidados continuados muito associados à circunstância da doença estão directamente relacionados com as alterações demográficas e com o aumento dos níveis de dependência. A urgência desta rede é tanto mais necessária quanto sabemos que está a aumentar o número de pessoas idosas e a esperança de vida e que há um cada vez maior número de pessoas idosas que vivem sozinhas em situação de dependência.
Vieram hoje a público dados de 2009 sobre o funcionamento da rede nacional de cuidados continuados integrados. É chocante constatar que por “ausência de sensibilidade a nível hospitalar” morram pessoas idosas porque não são sinalizadas em devido tempo junto da rede, de modo a serem acolhidas de imediato após alta hospitalar.
Segundo a notícia, um doente que precisa de cuidados continuados deve ser referenciado pelo hospital até 2 dias depois do seu internamento. Mas em lugar dos 2 dias o prazo médio de sinalização é de 20 dias, ou seja, dez vezes mais, conduzindo a que os doentes sejam mandados para casa com tempos de espera superiores a um mês. Segundo a coordenadora da rede “alguns acabam por morrer sem cuidados, abandonados”.
É confrangedor verificar que problemas de gestão e organização, induzidos por falta de sensibilidade dos responsáveis e técnicos dos hospitais, originem a perda de vidas.
A dita “ausência de sensibilidade” chama-se desumanidade. É chocante e vergonhoso...
3 comentários:
Deve ser sobretudo falta de preparação para lidar com esta realidade, os hospitais estão vocacionados para tratar os casos desesperados e depois de resolvido o problema que levou ao internamento já consideram que o assunto que levou lá os doentes está resolvido. Os cuidados continuados devem prolongar a cadeia de assistência mas fica-se pelo caminho e, pelos vistos, a capacidade também não é grande para acolher os que precisam. Tudo isto parece falta de sensibilidade mas será certamente falta de organização ou de sensibilização...
Suzana
É tudo junto. É difícil desculpar que a falta de sensibilidade e de gestão e organização - estamos a falar de hospitais que existem para tratar e salvar pessoas - conduza a perdas de vida. É por estas e por outras que estamos mal posicionados em termos de indicadores de desenvolvimento humano.
Tem razão, Margarida, às vezes esquecemo-nos do mais importante que justifica as organizações.
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