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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Quevedo: "Piojos cría el cabello más dorado"

Não há fome que não dê em fartura. Em Évora foi encontrado um inédito de Quevedo. Noticiado em Espanha!

2 comentários:

Bartolomeu disse...

A partir de agora, vou ter o cuidado de manter-me distante das loiras. Não vá contaminar-me com a piolheira delas.
Verifiquei, com desagrado (ou não), que os nossos irmãos espanhueles, não aderiram ao acordo ortográfico. Em minha opinião deveríam! Primeiro, porque são nossos irmãos, subentende-se que filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Segundo, porque em todo o mundo nos confundem. Ora, se eles e nós, ou, nós e eles, somos uma e a mesma pessoa, a forma de escrever deveria ser comum. Ponto final, porque a minha inteligência, não consegue ir mais além.
Outro ponto que me parece merecedor de alguma, senão muita, reflexão; Quem diria al Senhor Dom Francisco de Quebedo, ou de Quevedo noble cabalero da Ordem de Santiago, como demonstra o emblema da Cruz Espatária, que, passados 4 séculos, viria de Barcelona, una su compatriota descobrir em terras de Portugal, um caderno de biersos eróticos de su autoria?????
Tendo para mais, sido o escritor, um Teólogo e acérrimo crítico a um outro do seu tempo, Luis de Góngora, que ele acusava de sacerdote homosexual ?!
Bom, bom, bom, está-me a parecer que esta coisa do celibato e da dedicação ao estudo e da clausura e tudo o mais, produz nefasto efeito na comunicação entre cérebro e genitália...

Santiago disse...

Há um conhecido soneto de Bocage

"SONETO ASCOROSO

Piolhos cria o cabelo mais dourado;
Branca remela o olho mais vistoso;
Pelo nariz do rosto mais formoso
O monco se divisa pendurado:

Pela boca do rosto mais corado
Hálito sai, às vezes bem ascoroso
A mais nevada mão sempre é forçoso
Que de sua dona o cu tenha tocado:

Ao pé dele a melhor natura mora,
Que deitando no mês podre gordura,
Fétido mijo lança a qualquer hora.

Caga o cu mais alvo merda pura:
Pois se é isto o que tanto se namora,
Em ti, mijo, em ti cago, oh formosura!"

que é descrito como variante de um outro, atribuído a "autor anónimo" do Sec XVII... está visto que ou a senhora filóloga se enganou na atribuição, ou o autor anónimo era o Quevedo. Fico com vontade de ver se há mais "Bocages" nos ditos textos...