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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Neo-liberalismo avança em Cuba!...

O presidente cubano, Raul Castro, decidiu privatizar os cabeleireiros e barbearias.
Porventura para atrair as grandes multinacionais do sector, a medida só contempla os grandes estabelecimentos, a partir de 3 cadeiras!....
O neo-liberalismo começa muito bem em Cuba: pela cabeça, que é o sítio certo!...

15 comentários:

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Dr. Pinho Cardão
A modernização da economia tem que começar por algum lado.
Com cabeleiras mais vistosas as cabeças trabalham melhor. A partir de três cadeiras a oferta é maior e haverá mais cabeças renovadas!

Anónimo disse...

Qual neo-liberalismo, Pinho Cardão! O início da contra-revolução!

Carlos Sério disse...

Francamente! O que é que tem a ver o neoliberalismo com as barbearias?

Tavares Moreira disse...

E vai até ao pescoço, caro Pinho Cardão (com as barbas)...a fúria liberalizadora do regime cubano ultrapassa Passos Coelho pela direita e deve estar causando suores frios à rapaziada do BLOC...estou a vê-los tremer de pavor, sem poder esboçar uma crítica...

José Meireles Graça disse...

A seguir vão os podólogos. Quando devidamente equipados com cadeiras reclináveis, luzes reguláveis, mini-rebarbadeiras eléctricas e outras máquinas que zumbem, têm direito a ser considerados dentistas dos pés.

Carlos Sério disse...

Caro Pinho Cardão,
Uma coisa são os órgãos parasitários da administração pública, que a classe politica dirigente foi criando ao longo dos anos, a que eu não chamaria “peso do estado” mas má gestão e corrupção institucional e uma outra coisa, bem diferente, será o conceito neoliberal “peso do estado” que na cabeça de seus apoiantes se traduz na necessidade de retirar do estado todas as suas funções sociais (acção social alargada, serviço nacional de saúde, educação, …) reservando-lhe apenas o papel de intervenção nas questões de soberania e no apoio aos miseráveis. A cartilha é conhecida e tem mais de cem anos e resume-se a isto - o estado é um empecilho para o mercado porque este se auto regula a si mesmo, pelo que todas as intervenções ao natural desenvolvimento do mercado só se tornam prejudiciais.
Claro que quem assim pensa em situação de crise (como a que vivemos) são os primeiros a pedir a intervenção do estado, com a injecção de milhares de milhões de euros no sector financeiro. Aqui já ninguém se queixa da intervenção do estado. Exigia-se um mínimo de coerência mas isso é coisa que, como se viu, não se encontra nos defensores do neoliberalismo.

Bartolomeu disse...

Désde que el Don Raúl no pribatize a los tacos, burritos, nachos e à la tequilla... tudo bien.

Catarina disse...

ahahahaha!

Catarina disse...

Que sentido de humor, caro Pinho Cardão!
Nada lhe passa despercebido! : )

Pinho Cardão disse...

Caro Ruy:
O meu amigo não admite uma brincadeira!...
Mas já que levou a coisa para o sério, vamos lá. Diz que "o conceito neoliberal “peso do estado” que na cabeça de seus apoiantes se traduz na necessidade de retirar do estado todas as suas funções sociais (acção social alargada, serviço nacional de saúde, educação...". A isso, eu diria que a palavra neoliberal é utilizada para expressar muitos conceitos e esse que referiu é um deles e com certeza que lá pode ser incluído: a palavra tornou-se um saco sem fundo e tudo cabe lá.
Acontece que eu não tenho nada a ver com isso.
Defendo que o Estado se deve cingir às suas funções essenciais, nestas incluídas funções sociais. E se no que respeita à justiça, segurança e defesa deve exercer directamente essas funções, já no que respeita a determinadas funções sociais como a saúde ou a educação, compete ao Estado assegurar que as funções se cumpram, podendo a prestação concreta caber a outrém que não o Estado.
É preciso distinguir o "provisionamento" do serviço da sua prestação concreta. O Estado assegura constitucionalmente o direito à saúde, através do SNS. A prestação do serviço de cuidados de saúde pode competir ao Estado ou não. O serviço pode e deve ser prestado por quem faça melhor e mais barato. Para melhor servir o cidadão. O mesmo na educação, por exemplo.
Quanto às restantes funções sociais de apoio no desemprego, na doença, velhice, etc, etc, ninguém pretende retirar daí o Estado. É mesmo uma das suas obrigações básicas.
Caro Ruy, permita-me ainda que lhe diga que a noção que apresentou de neoliberalismo é de um extremismo que já ninguém ou muito poucos defendem.
Abraço

Pinho Cardão disse...

Caro Ruy:
Faltou concluir.
Portanto, esgrimir contra esse conceito assim definido é lutar contra moínhos de vento...

Eduardo Freitas disse...

À parte a brincadeira - de bom gosto, diga-se - restará saber se esta é a NEP de Deng Xiaoping ou mais um ensaio à Castro da de Lenine. Sabemos o que aconteceu depois de uma e outra.

Suzana Toscano disse...

Faz todo o sentido o receio do caro Eduardo F., para dinamizar a economia privatizam-se os maiores cabeleireiros, deixa-se que a concorrência surta os seus efeitos, se multipliquem e prosperem e a seguir...nacionalizam-se, revertendo todo o lucro a favor do Estado!

Carlos Sério disse...

Caro Pinho Cardão,
Como terá observado o meu comentário seguiu-se a um outro colocado no Post do dia 12 “ o corte nos salários”que por ausência só agora tive oportunidade de escrever.
Não posso estar em desacordo consigo quando enumera as funções do estado. Na verdade o que importa é assegurar tais funções. Outra coisa é o pensamento neoliberal que pretende reduzir ou mesmo retirar o papel do estado na sociedade, venha ele travestido de “socialista ou social-democrata”. E deste modo parecendo menos “extremista.
Abraço

Pinho Cardão disse...

Caro Ruy:
Assim já nos vamos entendendo...