O PSD propôs e o Parlamento discute hoje o Projecto de Lei que cria a Rede Nacional de Cuidados Oncológicos.
Esta Rede visa articular as instituições prestadoras de cuidados de saúde públicas e privadas, de modo a melhorar a qualidade dos cuidados prestados aos doentes oncológicos, optimizando simultaneamente a utilização dos recursos e da capacidade hospitalar disponíveis.
Um mínimo bom senso, para não dizer já um mínimo respeito pelos cidadãos que sofrem de cancro, levaria a que o Projecto fosse, de mediato, aprovado, e subsequentemente se encontrassem as melhores formas da sua concretização.
Mas, lamentavelmente, e pelas notícias de ontem e de hoje, não é o que vai suceder. Os argumentos são mesmo de um primarismo ideológico ou de uma grosseria inqualificável.
O PCP e o Bloco colocam a ideologia acima da saúde.
“É mais um passo para a privatização e abrir mais uma área de negócio ao nível da Saúde”, diz o PCP.
“Se esta assembleia aprovasse esse projecto, um modelo em que é indistinto o que é público e privado, o que teríamos era cada vez mais doentes a serem tratados no sector privado”, diz o Bloco.
O PS, mais envergonhado, recorre a estratagemas como os da frase seguinte: “todos sabemos que o tempo de consulta e o tempo de espera diminuiu mais de 50 por cento nos últimos cinco anos”. Como se não houvesse mais de 20.000 doentes oncológicos em espera, mais de 10.000 doentes tenham sido operados fora do prazo e umas centenas tenham morrido sem conseguir uma cirurgia.
Entre morrerem pessoas e serem tratadas em hospitais privados, pois que morram, em nome da ideologia.
Esta Rede visa articular as instituições prestadoras de cuidados de saúde públicas e privadas, de modo a melhorar a qualidade dos cuidados prestados aos doentes oncológicos, optimizando simultaneamente a utilização dos recursos e da capacidade hospitalar disponíveis.
Um mínimo bom senso, para não dizer já um mínimo respeito pelos cidadãos que sofrem de cancro, levaria a que o Projecto fosse, de mediato, aprovado, e subsequentemente se encontrassem as melhores formas da sua concretização.
Mas, lamentavelmente, e pelas notícias de ontem e de hoje, não é o que vai suceder. Os argumentos são mesmo de um primarismo ideológico ou de uma grosseria inqualificável.
O PCP e o Bloco colocam a ideologia acima da saúde.
“É mais um passo para a privatização e abrir mais uma área de negócio ao nível da Saúde”, diz o PCP.
“Se esta assembleia aprovasse esse projecto, um modelo em que é indistinto o que é público e privado, o que teríamos era cada vez mais doentes a serem tratados no sector privado”, diz o Bloco.
O PS, mais envergonhado, recorre a estratagemas como os da frase seguinte: “todos sabemos que o tempo de consulta e o tempo de espera diminuiu mais de 50 por cento nos últimos cinco anos”. Como se não houvesse mais de 20.000 doentes oncológicos em espera, mais de 10.000 doentes tenham sido operados fora do prazo e umas centenas tenham morrido sem conseguir uma cirurgia.
Entre morrerem pessoas e serem tratadas em hospitais privados, pois que morram, em nome da ideologia.
7 comentários:
Caro Drº Pinho Cardão:
Subscrevo totalmente a sua análise, tanto mais que os doentes oncológicos, pela natureza específica da doença, exigem "urgência" no atendimento, pessoal especializado e instalações adequadas.
A posição do grupo parlamentar do PCP não é de estranhar, tem alguns problemas relacionados com a cognição nesta e noutras matérias...
Depois dos anos dourados, a esquerda, na continuação do sucesso obtido, pelas suas politicas, cujos resultados espectaculares, podemos usufruir no dia a dia, vem agora, com a concepção marxista, da saúde. Os guardas da revolução, principescamente pagos, vão ao privado, ou lá fora, os pagantes das suas boas vidas, são tratados abaixo de cão.
Uma vergonha, se ainda houvesse, alguma.
Infelizmente, o estado social português só serve para pançudos. É triste, mas é assim. Curiosamente, não entendo porque é que os interesses dos médicos, enfermeiros e deputados portugueses que vivem do SNS são interesses públicos e não privados mas os socialistas desta vida lá perceberão.
Caro Dr. Pinho Cardão
Quem não tem recursos financeiros tem que se sujeitar à incapacidade do SNS. É muito injusto.
Sabemos que a rapidez de acesso aos cuidados de saúde oncológicos - diagnóstico, cirurgia, tratamento, etc. - é fundamental para salvar vidas. Se o Estado não tem condições - falta de pessoal e de equipamento - para prestar os cuidados necessários, então deve assegurar que os doentes recorram ao sector privado ou ao sector social. Nada justifica que não o faça. Salvar vidas não deveria ter cor.
Concordo consigo, caro Pinho cardão, e é bom que se fale disso sem complexos, à conta de pretensas ideologias que preferem lamentar os que morrem do que tratar dos que podem viver ainda há muito sofrimento que podia ser aliviado ou evitado. Intolerável.
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