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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Um país cataplético

Sucedem-se os avisos internos e externos sobre o perigo de Portugal se aproximar do abismo económico e social. As comparações não só com a Grécia mas com a situação extrema que viveu a Argentina há uns anos, repetem-se. Inúmeras vozes autorizadas, algumas pertencentes a insuspeitos apoiantes do partido do poder, apontam que só há uma saída que passa pela criação de condições para um maior crescimento económico, diminuindo a despesa e o endividamento públicos e estimulando o investimento privado gerador de riqueza. Porém, as medidas anunciadas continuam a apontar no sentido contrário. Para a penalização das empresas e das famílias com o aumento de impostos. Na aposta em manter a despesa a níveis que todos têm consciência que se tornaram incomportáveis. Na continuação de políticas de obras públicas que conduzem ao crescimento da dívida, independentemente da sua utilidade económica. Na penalização das condições de financiamento das empresas no mercado a que levará a decisão de tributar as mais-valias. Tudo ao contrário do que seria de esperar.
Entretanto no Parlamento assistiu-se a mais um debate com o PM. O que se ouviu é a prova mais evidente do estado cataplético a que chegámos. Pela parte do chefe do governo tudo continua a estar bem e as medidas que foram aceites por Bruxelas, bastam-lhe. Pela parte dos deputados, o habitual fait divers, o debate oco, os sound bites do costume, patéticas afirmações ideológicas...
Impossível associar a esta situação a imagem de Roma a arder, com o imperador, em primeiro plano, tranquilamente tocando a sua harpa...

6 comentários:

Bartolomeu disse...

o crescimento económico, e consequentemente, o estimulo ao investimento privado gerador de riqueza, irão verificar-se com a chegada do verão.
assim os astros nos ajudem.
as indústrias e os comércios de produção e venda de gelados, batata frita, linguas da sogra e bolas de berlim... com creme, irão prosperar na próxima época balnear.
vai ver, caro Dr. Ferreira de Almeida, se me engano...
(só por esta previsão, já merecia uma medalhita de comendador da orde do meri-to imperzarial)
vol tlefonar ó cumpadre Nabeiro e pedirlhe pra meter uma cunha ó senhor das medalhas.

Anónimo disse...

Olhe que com propostas destas se arrisca mesmo a ser feito comendador, caro Bartolomeu. A não ser que o governo resolva rever o PEC poupando nas comendas...

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bartolomeu disse...

;)))
Não o diria de forma tão enfática, caro Paulo, no entanto, reconheço sem favor todo o mérito ao Senhor Comendador Nabeiro, extensível àqueles que o têm ajudado a levar todos os projectos a bom porto.
Tem aí a explicação para o ífen que coloquei antes do "to".
;)

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bartolomeu disse...

;)