Soube-se agora publicamente que o Estado é um dos financiadores da Federação Portuguesa de Futebol, a quem concede avultadas verbas, da ordem dos milhões, imagine-se, para formação. E ainda verbas adicionais, seja para a preparação das selecções, ou outras, sob os mais variados pretextos.
A Federação Portuguesa de Futebol arrecada enormes receitas com a organização dos jogos das selecções, com os prémios de participação nos Campeonatos da Europa e do Mundo, em que sempre tem estado nos últimos anos, com as receitas televisivas, com patrocínios publicitários, com merchandising, e ainda com parte das receitas dos jogos de futebol dos clubes. Além disso, consegue estágios de preparação da selecção principal sem incorrer em quaisquer encargos, obtendo os favores das Câmaras Municipais que, além de pagarem os custos, ainda agradecem a presença da selecção.
As receitas normais, com uma gestão criteriosa, chegariam para o seu funcionamento e apoio ao futebol amador, e até para pagar impostos, sem ter que andar permanentemente a “chular” as Autarquias ou o Estado. Todavia, também aqui, os portugueses são chamados a custear e financiar os desvarios de uma entidade, cujo objectivo parece reduzir-se a ser um luxuoso grupo excursionista em constantes deslocações pelo mundo e arredores, ao mínimo pretexto.
Com a agravante de se ter, há vários meses, colocado numa posição de ilegalidade, perdendo mesmo o seu estatuto de utilidade pública, e de se negar a cumprir as obrigações emergentes de contratos solenemente celebrados com o Estado, no domínio do Totobola, e que a fazem devedora de dezenas de milhões de euros ao Estado.
Os subsídios e apoios do Estado à Federação Portuguesa de Futebol são mais uma prova do desperdício infame de dinheiros públicos. Admitir que o Estado possa subsidiar, directa ou indirectamente, uma organização destas, com avultadíssimas receitas, é um insulto aos portugueses. Em todos os tempos e sobretudo nesta época em que vivemos.
A Federação Portuguesa de Futebol arrecada enormes receitas com a organização dos jogos das selecções, com os prémios de participação nos Campeonatos da Europa e do Mundo, em que sempre tem estado nos últimos anos, com as receitas televisivas, com patrocínios publicitários, com merchandising, e ainda com parte das receitas dos jogos de futebol dos clubes. Além disso, consegue estágios de preparação da selecção principal sem incorrer em quaisquer encargos, obtendo os favores das Câmaras Municipais que, além de pagarem os custos, ainda agradecem a presença da selecção.
As receitas normais, com uma gestão criteriosa, chegariam para o seu funcionamento e apoio ao futebol amador, e até para pagar impostos, sem ter que andar permanentemente a “chular” as Autarquias ou o Estado. Todavia, também aqui, os portugueses são chamados a custear e financiar os desvarios de uma entidade, cujo objectivo parece reduzir-se a ser um luxuoso grupo excursionista em constantes deslocações pelo mundo e arredores, ao mínimo pretexto.
Com a agravante de se ter, há vários meses, colocado numa posição de ilegalidade, perdendo mesmo o seu estatuto de utilidade pública, e de se negar a cumprir as obrigações emergentes de contratos solenemente celebrados com o Estado, no domínio do Totobola, e que a fazem devedora de dezenas de milhões de euros ao Estado.
Os subsídios e apoios do Estado à Federação Portuguesa de Futebol são mais uma prova do desperdício infame de dinheiros públicos. Admitir que o Estado possa subsidiar, directa ou indirectamente, uma organização destas, com avultadíssimas receitas, é um insulto aos portugueses. Em todos os tempos e sobretudo nesta época em que vivemos.
6 comentários:
dr Pinho cardão e a casa das selecções em sintra ? leu alguma coisa se já foi construida ? lembro -me que o meu amigo ,volta não volta , chamava a atenção para essa obra de santa engrácia
Gastos empestadores...
Em grupos excursionistas
pelo mundo e arredores
essas gentes oportunistas
fazem gastos empestadores!
São milhões desperdiçados
em eventos tão vistosos
por motivos desgraçados
e proveitos desditosos.
Caro João Melo:
E ainda há mais essa, a Casa das Selecções, em terrenos, ao que foi referido, graciosamente disponibilizados pela Câmara de Sintra.
Referi o caso no 4R, verberando a atitude da Câmara, gasto injustificado, quando pelo país proliferam vários centros de estágio devidamente apetrechados.
Ao que sei, as obras ainda não começaram. E oxalá não comecem.
Caro Manuel Brás:
Sempre o verso oportuno na ponta da língua...
Caro Pinho Cardão,
Isso parece-me uma pequena fracção da subvenção anual do PSD (e logo uma fracção menor da do PS, mas a do PS não tem o mesmo impacto no comentário...). Atendendo que a federação mete, de facto, milhares de crianças a praticar desporto todos os ano e que o PSD só serve para nos chatear a vida...
Caro Tonibler:
A Federação tem receitas próprias que, geridas com razoabilidade, lhe permitem fazer isso e muito mais, sem ter que andar a mendigar, digo, a "chular" parcelas dos nossos impostos. E o Estado tinha, e tem, há muito obrigação de ver isso.
Nem nunca se pode desculpar atribuição abusiva de verbas públicas com base em que outras também foram abusivamente distribuídas.
Foi e é este desperdício dos dnheiros que nós entregamos ao Estado que levou à situação actual.
Quanto ainda à Federação, vejo por aí uma enorme contestação aos vencimentos de gestores de empresas, mas ninguém aludiu ainda, nem ao de leve, às remunerações do Seleccionador de Futebol, um sujeito contratado a tempo inteiro para treinar 20 dias uma equipa para fazer 10 jogos por ano. Claro que justifica também o seu tempo em intensas observações pelo mundo fora. Que não sei o que dão, pois, no final, acaba por escolher, mais coisa menos coisa, os jogadores que qualquer um de nós escolheria, com base no que vê nos estádios ou nas televisões ou lê nos jornais. Nenhum gestor em Portugal atinge, nem de longe, o nível de salário base do Seleccionador.Que ainda tem remuneração variável, de acordo com os objectivos. Claro que não o critico. Critico sim quem dispõe do meu, do nosso dinheiro, para tal fim.
Caro Pinho Cardão,
Sempre achei que desporto deveria ser algo que o estado deveria fazer depender da educação e não do espectáculo, como hoje acontece, exactamente para que esta confusão não se faça. A federação tem um contrato com o estado de formação desportiva e é por essa formação desportiva que recebe esse valor. 1,8 milhões de euros é peanuts se levar em conta as dezenas de milhares de crianças e jovens que a federação portuguesa de futebol (se juntarmos todas as outras federações falamos em centenas de milhar) junta ao longo de um ano na prática desportiva. O facto de ter receitas próprias é irrelevante neste raciocínio, porque as receitas próprias decorrem de actividades que também têm os seus custos próprios e, contra isso, batatas.
Se a ideia é cortar custos, não é naqueles que têm utilidade que se corta, é naqueles que não têm utilidade. Daí o exemplo da subvenção do PSD que, curiosamente, também tem as receitas próprias daquelas actividades, que todos sabemos bem em que consistem.
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