Porque é que em Portugal as coisas não funcionam? Funcionam lá fora, mas cá não…
Não deixa de espantar que a exposição “Encompassing the Globe” realizada em Washington tenha sido fortemente patrocinada por mecenas portugueses, ao contrário do que aconteceu em Lisboa.
Quer dizer, a mesma exposição em Washington - realizada entre Julho e Setembro de 2007 - foi financiada em parte (segundo a notícia, num montante de 1,2 milhões de euros) por mecenas portugueses, de entre os quais estão a Fundação Gulbenkian, a CGD, o BPI, o BES, os investidores Joe Berardo e André Jordan, as Águas de Portugal, as Pousadas de Portugal, REN, FLAD e EDP. O Ministério da Economia também consta, através do Turismo de Portugal, da lista das entidades financiadoras.
Por cá, a “Encompassing the Globe” que decorreu no Museu Nacional de Arte Antiga - entre Julho e Novembro de 2009 - precisou de mais de 2 milhões de euros, pagos com dinheiros públicos, e apenas teve um patrocinador, a Fundação Gulbenkian, que avançou com um montante de 55 mil euros.
Segundo a notícia – lembro-me aliás de ter ouvido isso mesmo quando do anúncio da iniciativa – o ex-Ministro da Cultura do anterior governo informou que a Exposição seria realizada sobretudo com recursos a fund raising e que ele próprio se encarregaria de desenvolver os contactos de angariação de patrocínios junto das empresas portuguesas.
Olho para este caso com espanto, mas ao mesmo tempo com um sentimento de que já nada nos deve admirar. A ser verdade o que agora vem a público, é um absurdo o que se passou por cá com a organização desta emblemática e importante Exposição, dedicada à presença de Portugal no Mundo nos séculos XVI e XVII.
Não deixa de espantar que a exposição “Encompassing the Globe” realizada em Washington tenha sido fortemente patrocinada por mecenas portugueses, ao contrário do que aconteceu em Lisboa.
Quer dizer, a mesma exposição em Washington - realizada entre Julho e Setembro de 2007 - foi financiada em parte (segundo a notícia, num montante de 1,2 milhões de euros) por mecenas portugueses, de entre os quais estão a Fundação Gulbenkian, a CGD, o BPI, o BES, os investidores Joe Berardo e André Jordan, as Águas de Portugal, as Pousadas de Portugal, REN, FLAD e EDP. O Ministério da Economia também consta, através do Turismo de Portugal, da lista das entidades financiadoras.
Por cá, a “Encompassing the Globe” que decorreu no Museu Nacional de Arte Antiga - entre Julho e Novembro de 2009 - precisou de mais de 2 milhões de euros, pagos com dinheiros públicos, e apenas teve um patrocinador, a Fundação Gulbenkian, que avançou com um montante de 55 mil euros.
Segundo a notícia – lembro-me aliás de ter ouvido isso mesmo quando do anúncio da iniciativa – o ex-Ministro da Cultura do anterior governo informou que a Exposição seria realizada sobretudo com recursos a fund raising e que ele próprio se encarregaria de desenvolver os contactos de angariação de patrocínios junto das empresas portuguesas.
Olho para este caso com espanto, mas ao mesmo tempo com um sentimento de que já nada nos deve admirar. A ser verdade o que agora vem a público, é um absurdo o que se passou por cá com a organização desta emblemática e importante Exposição, dedicada à presença de Portugal no Mundo nos séculos XVI e XVII.
Mais uma vez se conclui que nem sempre os problemas são de natureza financeira, mas encontram explicação noutras causas, não menos importantes, uma delas que dá pelo nome de “organização”.
4 comentários:
Cara Margarida
É um erro enorme pensar-se que os nossos problemas se reduzem sistematicamente à falta de dinheiro, esquecendo-se que outras variáveis nada menos importantes, que destabilizam e por vezes são até as principais causas dos insucessos a que já estamos habituados acontecerem. Refiro-me, tal como se aponta no seu texto Cara Margarida, à falta de rigor, de planeamento , de controlo e o acompanhamento dos pogramas, de fiscalização séria do avanço dos projectos, enfim, um mar de particularidades sem o cumprimento das quais os fiascos são e serão, o apanágio das nossas iniciativas, desde que à mesa se sente também o simpático "estado" Deixei propositadamente para o fim, outra particularidade que normalmente
se verifica neste género de coisas ; reporto-me às derrapagens financeiras, mas isto é hábito cuja explicação é kafkiana!!!.
Pelo que li nos jornais a explicação é surrealista, os ministros responsáveis esqueceram-se de pedir os patrocínios, ficaram à espera um do outro e como nenhum se mexeu...já se sabe quem paga a factura. Explicações para quê?
Caro Paulo
Todos os caminhos têm ido dar aos "impostos". Antes fossem dar a "Roma"!
Caro antoniodosanzóis
As derrapagens financeiras são o resultado das permanentes derrapagens económicas em que vivemos há anos.
O que se passou com esta Exposição dispensa mais palavras.
Suzana
Esqueceram-se de pedir os patrocínios? Incrível!
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