Multiplicam-se os sinais de alerta sobre a situação das finanças públicas portuguesas. Hoje, mais um foi lançado por um antigo responsável pelo FMI. Embora por vezes exagerados, não podemos deixar de concordar que eles têm fundamentação substancial, já que os défices públicos são muito elevados e a dívida pública, em 2013, será bastante superior à actual.
O 4R já perfez 5 anos em Novembro passado. Neste Blog, muitos textos previam o desastre que as políticas do governo iriam provocar.
Recordo um excerto de um post meu de há 5 anos, de Abril de 2005, plenamente actual, até porque, na altura, outro Pacto de Estabilidade e Crescimento era apresentado a Bruxelas.
“…Na sequência da revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento, o Primeiro-Ministro e o Ministro das Finanças…já anunciaram as grandes linhas da política orçamental e financeira do Estado para a presente legislatura, que se poderão sintetizar nos seguintes princípios: o défice orçamental ultrapassará os 3% nos próximos anos, o défice de 2005 será de 6%..., o Governo não recorrerá a receitas extraordinárias, a tendência para um défice próximo dos 3% advirá primordialmente do crescimento económico e da luta contra a fraude e evasão fiscal…”.
Estes eram os factos. De que tirei as conclusões que se seguem:
“…Ou me engano muito, ou daqui a quatro anos, com esta política, estaremos em situação pior do que hoje, em termos de défice, e muitíssimo pior, em termos de dívida pública.
Pelo que se conclui da política governamental, a diminuição da despesa pública não assume carácter prioritário: por um lado, o Governo desistiu de um défice dentro do limite máximo do Pacto de Estabilidade, que continua a ser de 3% do PIB e, por outro, o Governo pensa que uma tendência para se chegar a 3% será assegurada automaticamente pelo crescimento e pelo aumento das receitas. Trata-se de um equívoco medonho, que um dia tratarei…”
Escrito em Abril de 2005. Não era preciso ter grandes qualidades de economista para prever o que se iria passar com tais políticas. A crise agravou, mas não pode servir de desculpa para o desastre.
O 4R já perfez 5 anos em Novembro passado. Neste Blog, muitos textos previam o desastre que as políticas do governo iriam provocar.
Recordo um excerto de um post meu de há 5 anos, de Abril de 2005, plenamente actual, até porque, na altura, outro Pacto de Estabilidade e Crescimento era apresentado a Bruxelas.
“…Na sequência da revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento, o Primeiro-Ministro e o Ministro das Finanças…já anunciaram as grandes linhas da política orçamental e financeira do Estado para a presente legislatura, que se poderão sintetizar nos seguintes princípios: o défice orçamental ultrapassará os 3% nos próximos anos, o défice de 2005 será de 6%..., o Governo não recorrerá a receitas extraordinárias, a tendência para um défice próximo dos 3% advirá primordialmente do crescimento económico e da luta contra a fraude e evasão fiscal…”.
Estes eram os factos. De que tirei as conclusões que se seguem:
“…Ou me engano muito, ou daqui a quatro anos, com esta política, estaremos em situação pior do que hoje, em termos de défice, e muitíssimo pior, em termos de dívida pública.
Pelo que se conclui da política governamental, a diminuição da despesa pública não assume carácter prioritário: por um lado, o Governo desistiu de um défice dentro do limite máximo do Pacto de Estabilidade, que continua a ser de 3% do PIB e, por outro, o Governo pensa que uma tendência para se chegar a 3% será assegurada automaticamente pelo crescimento e pelo aumento das receitas. Trata-se de um equívoco medonho, que um dia tratarei…”
Escrito em Abril de 2005. Não era preciso ter grandes qualidades de economista para prever o que se iria passar com tais políticas. A crise agravou, mas não pode servir de desculpa para o desastre.
2 comentários:
Abyssus abyssum invocat...
O problema é evidente
por muito que queiram esconder,
neste regime decadente
tão difícil de se entender.
O estado de falência
e de infeliz negação
revelam a indolência
de tamanha aberração!
Fugindo da realidade
com argumentos coloridos
encapota-se a verdade
em fundamentos mal paridos.
Com os olhos bem fechados,
num êxtase de negação,
ficaremos enganchados
numa profunda recessão.
Caro Drº Pinho Cardão:
O seu, a seu dono, está registado, não é imodéstia, bem pelo contrário!.., é mais um alerta à navegação, um dèjá-vu: mais uma rodada mais uma viagem, ou vice-versa…
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