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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Viagem à Namíbia- IV

Foto 1 - Hentis Bay, um dos muitos barcos encalhados ao longo da costa; Foto 2 - foca no santuário de Cape Cross; Foto 3 - habitação típica dos Imbas


Acompanhados pelo frio e pelo nevoeiro persistente, deixámos Swakopmund rumo a norte pela C34, a estrada junto ao Atlântico que no primeiro troço até Henties Bay constitui acesso a um verdadeiro paraíso para os pescadores à linha. A C34 conduz à famosa Costa dos Esqueletos, um imenso parque natural de 16845 km2 proclamado nos anos 70 do século passado. Não entraremos no parque porque o tempo não permite ver tudo e há que fazer opções. Mas não falhámos Cape Cross, o local onde aportou Diogo Cão, lugar de uma reserva de focas que ali, no habitat definido pela corrente fria de Benguela, encontram refúgio e farto alimento.
À vista do padrão do descobrimento desta terra pelos navegadores lusos capitaneados por Diogo Cão, ocorre o pensamento habitual quando, em terras longínquas, nos confrontamos com a grandeza de uma nação pequena que todavia chegou sempre mais longe.
A reserva natural criada para proteger a enorme colónia de focas é mais uma agradável surpresa. Na organização, mas em especial na forma encontrada para incentivar a visitação. A entrada no parque é paga, mas o preço do ingresso é honesto. A informação sobre a razão de ser do regime de protecção é clara, como claras são as informações dadas ao visitante acerca do que o espera e do que dele é esperado. A concepção dos locais de interacção são irrepreensíveis e as regras parecem ser respeitadas.
Vem-me ao pensamento que alguns países mais desenvolvidos e com mais meios para investir na conservação da natureza e na protecção da biodiversidade muito terão a ganhar se observarem sem complexos as práticas simples mas eficientes como as que aqui encontrei.

5 comentários:

Anónimo disse...

Uma lamentável confusão com os títulos dos posts levou a um incidental apagamento do post e dos comentário que Margarida, Paulo, Bartolomeu e Pinho Cardão tinham feito, bem como a minha resposta a todos.
Lastimo em especial a perda do poema que Bartolomeu me tinha dedicado. Com paciência, pode ser que recupere os comentários...
As minhas desculpas a todos.

Bartolomeu disse...

Por terras onde Diogo Cão
Pensou descobrir passagem
Que conduzisse a Ceilão
Encontrou Ferreira DÁlmeida
Quase como uma miragem
Paisagens de admiração
De grande beleza, aferida
Por imágens de eleição
Peço, citando Pinho Cardão
E sem me colocar à margem
Relatório da viágem sucedida
Diário e com a impressão
Dop que é sentido nessa paragem
Caro Ferreira de Almeida!
;)))))

Sílvio Silva disse...

a última foto está um mimo...

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

José Mário
Tentei recuperar o meu comentário. Era mais ou menos assim:

Fantástica a riqueza de paisagens e habitats da Namíbia.
Foi Diogo Cão quem introduziu a utilização dos padrões de pedra, em lugar das cruzes de madeira, para assinalar a presença portuguesa nas zonas descobertas.
Ver de perto o padrão que marcou a chegada dos portugueses a Cabo Cruz deve ser uma sensação especial.
Contactar com uma colónia de focas deve ser uma sensação bem divertida.

Suzana Toscano disse...

Um diário de fazer inveja ao Fernão Mendes Pinto (sem as dúvidas sobre a criatividade do autor!). O próximo livro do 4r já tem tema e reforçada substância :)