A opinião do Prof. Ferreira do Amaral, no Público de há dias, sobre a situação das nossas finanças públicas projectou uma luz intensa e clarificou definitivamente o meu espírito.
Pensava eu que a política seguida de mais e mais despesa pública, dita para potenciar crescimento económico, não só não trouxe qualquer crescimento, como implicou um endividamento externo nunca visto e uma carga fiscal castradora de qualquer iniciativa. Política essa a grande responsável, se não mesmo a única, pela calamitosa situação em que nos encontramos, com os credores a temerem o risco Portugal e a elevarem as taxas de juro e os analistas a vincarem o nosso efectivo descalabro. Tanto mais que, em 2013, no fim do PEC, a dívida pública ainda será maior do que a actual.
E pensava eu também, no meu pouco preparado intelecto, que admitir estes factos e reconhecer culpa própria seria a primeira e essencial condição para se tomarem as medidas necessárias à gradual resolução do problema. Porque, também eu pensava, erradamente, claro, que o problema era nosso, que seríamos nós que o teríamos que resolver e que ninguém o iria resolver por nós.
Mas deixei de pensar assim, iluminado que fui pelo Economista Doutor Ferreira do Amaral. O Prof. Ferreira do Amaral, estrénuo defensor da virtuosidade da despesa pública para gerar crescimento, concede que também está preocupado com a situação. Mas, para o Professor, as preocupações vêm de fora, já que “o problema não é Portugal”. Para Ferreira do Amaral, o verdadeiro problema está na Zona Euro. Simplesmente porque “ a Zona Euro não foi criada de forma minimamente sólida e não está preparada para situações destas". Como a portuguesa, claro!...
Fiquei esclarecido. Podemos pois continuar a festa, o desperdício, a festança e a dança. Estamos fortes e sólidos. A zona euro é que não está preparada para entrar na contradança. Problema seu!...
E se é o Prof. Doutor Ferreira do Amaral a dizê-lo, quem sou eu para não acreditar?
Pensava eu que a política seguida de mais e mais despesa pública, dita para potenciar crescimento económico, não só não trouxe qualquer crescimento, como implicou um endividamento externo nunca visto e uma carga fiscal castradora de qualquer iniciativa. Política essa a grande responsável, se não mesmo a única, pela calamitosa situação em que nos encontramos, com os credores a temerem o risco Portugal e a elevarem as taxas de juro e os analistas a vincarem o nosso efectivo descalabro. Tanto mais que, em 2013, no fim do PEC, a dívida pública ainda será maior do que a actual.
E pensava eu também, no meu pouco preparado intelecto, que admitir estes factos e reconhecer culpa própria seria a primeira e essencial condição para se tomarem as medidas necessárias à gradual resolução do problema. Porque, também eu pensava, erradamente, claro, que o problema era nosso, que seríamos nós que o teríamos que resolver e que ninguém o iria resolver por nós.
Mas deixei de pensar assim, iluminado que fui pelo Economista Doutor Ferreira do Amaral. O Prof. Ferreira do Amaral, estrénuo defensor da virtuosidade da despesa pública para gerar crescimento, concede que também está preocupado com a situação. Mas, para o Professor, as preocupações vêm de fora, já que “o problema não é Portugal”. Para Ferreira do Amaral, o verdadeiro problema está na Zona Euro. Simplesmente porque “ a Zona Euro não foi criada de forma minimamente sólida e não está preparada para situações destas". Como a portuguesa, claro!...
Fiquei esclarecido. Podemos pois continuar a festa, o desperdício, a festança e a dança. Estamos fortes e sólidos. A zona euro é que não está preparada para entrar na contradança. Problema seu!...
E se é o Prof. Doutor Ferreira do Amaral a dizê-lo, quem sou eu para não acreditar?
3 comentários:
Até que dancemos um "corridinho" do euro!
São muitos milhões a vencer
de dívidas para pagar,
há quem nos queira convencer
que não nos irão fustigar.
Com essas dissertações florais
a festança não irá parar,
tantos problemas estruturais
continuarão por reparar.
A carga fiscal castradora
de muitas iniciativas
é por demais reveladora
de políticas defectivas.
A fé move montanhas mas, se atingidos pela cegueira, como saber que elas estão à nossa frente?
A leitura de "Intellectuals and Society", de Thomas Sowell, que recomendo, ensaia tentativas de resposta também a esta questão.
Escelente sugestão, caro Eduardo F.
Enviar um comentário