Dizem que os animais não têm alma, só os humanos. Quando é que começaram a ter alma? Quando começaram a usar instrumentos, a planear o futuro, a utilizar a linguagem e a fazer uma série de coisas que os animais parecem não ser capazes? Mas há animais que usam instrumentos, têm uma forma de linguagem e até conseguem planear e antecipar o futuro de tal modo que, hoje em dia, é suficientemente óbvio que a linha que os separa é cada vez mais ténue. Esta perspetiva resulta da aceitação de que alguns animais apresentam capacidades cognitivas ao ponto de alguns cientistas construírem a seguinte interrogação: deverão essas criaturas ser consideradas como pessoas?
Quando um animal mata o seu tratador será que é um ato premeditado? Terá consciência e vontade de o fazer? Animais considerados inteligentes têm tido este comportamento. Afirmam alguns cientistas que estes tipos de animais não têm sentido da moralidade como os seres humanos, mas como classificar muitos homens e mulheres que também não o têm?
O debate sobre se algumas espécies animais deverão ou não ser consideradas como pessoas está em curso e, decerto, irá levantar muita celeuma, mas, no futuro, a posição dos humanos face às outras espécies irá modificar-se radicalmente. Quando e como? Não sei, mas “sente-se” algo nesse sentido. Os próprios direitos dos animais têm vindo a avolumar-se e a intensificar-se nos últimos tempos. Acresce que muitos estudos efetuados em algumas espécies revelam que estamos perante seres inteligentes, com interessantes capacidades cognitivas e até sentimentos que julgávamos ser os únicos detentores.
Em simultâneo com esta apreciação, a leitura de uma obra de Máximo Gorki, “Seres que outrora foram humanos”, levou-me a refletir mais uma vez sobre a natureza humana e a sua tendência. Seres que vivem em condições particulares, ao arredio da sociedade, que os teve e utilizou, mas que o tempo humano despejou numa iniquidade difícil de aceitar, retirando-lhes todas as prerrogativas. Na introdução, Chesterton afirma que “... a perda da humanidade ou a perda aparente da humanidade, para ele (Gorki), não é apenas enorme e lamentável, como também essencial e mística. A linha que separa o homem dos animais é uma das essências transcendentais de cada religião...”. As teologias definem essa linha não como algo esbatido mas sob a forma de um abismo inultrapassável entre o animal e o homem. Mas a história, a reflexão e análise dos homens demonstram, e bem, que o mesmo pode ser ultrapassado. Não há abismos intransponíveis.
São muitas as pessoas que viveram e vivem num contexto idêntico ao descrito por Gorki, meros “seres que outrora foram humanos”. As espécies animais não podem transpor esse abismo, a não ser que consigam ser religiosas, uma grande diferença entre humanos e animais. Que eu saiba não existe qualquer elemento que aponte para uma qualquer religiosidade animal, embora muitos humanos não acreditem e nem necessitem da religião.
De facto, em termos práticos é muito difícil estabelecer a tal linha...
O debate sobre se algumas espécies animais deverão ou não ser consideradas como pessoas está em curso e, decerto, irá levantar muita celeuma, mas, no futuro, a posição dos humanos face às outras espécies irá modificar-se radicalmente. Quando e como? Não sei, mas “sente-se” algo nesse sentido. Os próprios direitos dos animais têm vindo a avolumar-se e a intensificar-se nos últimos tempos. Acresce que muitos estudos efetuados em algumas espécies revelam que estamos perante seres inteligentes, com interessantes capacidades cognitivas e até sentimentos que julgávamos ser os únicos detentores.
Em simultâneo com esta apreciação, a leitura de uma obra de Máximo Gorki, “Seres que outrora foram humanos”, levou-me a refletir mais uma vez sobre a natureza humana e a sua tendência. Seres que vivem em condições particulares, ao arredio da sociedade, que os teve e utilizou, mas que o tempo humano despejou numa iniquidade difícil de aceitar, retirando-lhes todas as prerrogativas. Na introdução, Chesterton afirma que “... a perda da humanidade ou a perda aparente da humanidade, para ele (Gorki), não é apenas enorme e lamentável, como também essencial e mística. A linha que separa o homem dos animais é uma das essências transcendentais de cada religião...”. As teologias definem essa linha não como algo esbatido mas sob a forma de um abismo inultrapassável entre o animal e o homem. Mas a história, a reflexão e análise dos homens demonstram, e bem, que o mesmo pode ser ultrapassado. Não há abismos intransponíveis.
São muitas as pessoas que viveram e vivem num contexto idêntico ao descrito por Gorki, meros “seres que outrora foram humanos”. As espécies animais não podem transpor esse abismo, a não ser que consigam ser religiosas, uma grande diferença entre humanos e animais. Que eu saiba não existe qualquer elemento que aponte para uma qualquer religiosidade animal, embora muitos humanos não acreditem e nem necessitem da religião.
De facto, em termos práticos é muito difícil estabelecer a tal linha...
2 comentários:
Há criaturas que podem ser consideradas pessoas?! Essa agora!
Bem, pensando melhor, já tenho ouvido dizer: “O meu cão (gato) é tão inteligente; até parece uma pessoa! Mas daí a..... Aqui está uma teoria da qual nunca tinha ouvido falar! Como me sinto mal informada! : (
Na estrada, é frequente encontrar-mos completos animais ao volante. Nos empregos, burros e cobras venenosas, são tambem muito vulgares.
Nos centros comerciais, podemos observar diferentes espécies de aves, desde o pavão, às pombas-de-leque.
Nos clubes e nos restaurantes de luxo, encontramos faisões-reais e rolas-de-papo.
No desporto, águias, leões... dragões
No governo, aves de rapina e necrófagos; abutres, hienas.
E... pasme-se... muitos deles vão à missa, alguns, chegam até a orar, rogando ao altíssimo protecção e... mais umas quantas benesses...
e tal... e assim...
Enviar um comentário