Quando em 1988 Salman Rushdie publicou pela primeira vez os Versículos Satânicos, não esperaria a reacção que os emergentes fundamentalismos islâmicos se traduzisse na sentença de morte que mudou por completo a sua vida. Passou a viver com a cabeça a prémio, perdeu a liberdade.
Com o caso das caricaturas de Mahomé parece passar-se o mesmo. O mullah Dadullah, um importante chefe talibã, anunciou a oferta de 100 kg de ouro a quem matar o autor das caricaturas, e "cinco quilos de ouro a quem matar um soldado dinamarquês, norueguês ou alemão".
Em qualquer país civilizado este anúncio é considerado crime.
Esta é a verdadeira natureza do fundamentalismo islâmico.
5 comentários:
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Caro DJustino,
Esta história do "mullah Dadullah",não passa de mera propaganda para consumo interno.
A essência do problema radica no conflito de civilizações, no ascendente claro da civilização ocidental e na globalização
É que num mundo cada vez menor, cada vez mais próximo, a religião funciona como um instrumento de afirmação da identidade nacional, e como uma forma de combater a globalização crescente que é claramente um processo que se desenrola sob o comando inequívoco do mundo ocidental.
Cumprimentos,
Antonio Felizes
http://regioes.blogspot.com
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Bom... aqui vou fazer um pouco de advogado do diabo... o sr. mullah tem o direito e a liberdade de expressão de dizer o que quiser, tal como os cartoonistas têm o direito de desenhar e publicar o que bem entendem.
A grande questão aqui é tão simplesmente O QUE É QUE CADA UM FAZ COM AQUILO QUE OUVE/LÊ?
Eu não avalio um povo, ou uma religião por uns meros cartoons, mas avalio-o em função dos actos que praticam! E aí temos um mundo de distância entre os dois...
Incentivo ao crime não se insere na liberdade de expressão.
Não sei porquê, mas até que concordo consigo caro cmonteiro... e bastante!
De facto ainda hoje dizia eu o mesmo.
Por acaso eu também concordo com o cmonteiro e com o Vírus. Ou bem que há liberdade, ou bem que não há.
O sr. mullah tem o direito de dizer o que muito bem entender e a outra parte envolvida tem o direito de se defender como muito bem entender.
O tio Frederico (aquele que costumava falar muito com Zaratustra), tem umas tiradas muito boas a propósito destas coisas e nenhuma delas inclui o "dar a outra face".
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