Dá para perceber que a procissão ainda vai no adro, mas registo o tom do anúncio e os esclarecimentos há pouco prestados pelos Azevedos: a lógica do mercado e da competição volta a um sector onde a orientação dominante era o monopólio (mesmo que o não fosse formalmente, a PT comportava-se como tal).
A OPA da Sonae não é só à PT é igualmente ao Estado que nunca escondeu a irresistível tentação de controlar a maior empresa nacional. Não obstante a disponibilidade para negociar a golden share, o desafio colocado pelos Azevedos é uma oportunidade única de remeter o Estado para onde ele nunca deveria ter saído.
Retenho igualmente o desafio de se avaliar objectivamente o que representou a operação dos móveis no Brasil a reboque da Telefónica. É bom que se saiba quem é que efectivamente pagou o risco do investimento.
Bons ventos...
[Actualização, 7.02.06 19.55]
A reacção dos partidos políticos à operação é muito bem sintetizada pelo Portugal Diário: "CDU é contra, PSD não fala, CDS elogia Sonae e BE exige explicações". São tão previsíveis!
2 comentários:
Não sei se é mais preocupante se a OPA fôr bem sucedida ou mal sucedida.
O Belmiro vai conseguir lixar a trupe de Cascais no dia se S. Nunca e, por isso, não vai o conseguir, o que é assustador. A não ser que já tenha tudo combinado com eles e, assim, consegue, o que é assustador.
FORÇA TIO BELMIRO
PRECISAMOS CÁ DE MAIS GAJOS COMO TÚ!
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