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sexta-feira, 11 de julho de 2008

Crise, qual crise?


1200 inscrições para comprar o novo telemóvel, o iPhone, só nas primeiras 24 h de pré-inscrição. 32 000 pedidos de compra. Custo de €500, o mais alto da Europa. Um delírio para os jovens, todos encantados com o novo gadjet da Apple. Quem se lembra ainda dos velhos telemóveis, aqui no nosso querido Portugal em crise?

9 comentários:

Bartolomeu disse...

Com efeito cara Suzana, a par de outros que nos vão surpreendendo, este é mais um fenómeno social que ultrapassa o entendimento (o meu) e me faz suspeitar que as notícias apresentadas nos telejornais, acontecem noutro país, onde os cidadãos, para matar o tédio e gastar a riqueza acumulada, vão à uma da manhã, engrossar uma fila de gente.

jotaC disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
jotaC disse...

Cara Dra. Suzana Toscano:
Informei-me sobre as muitas funcionalidades deste novo equipamento com intenção de aferir se o seu custo não seria exagerado, comparando com alguns equipamentos que já existem (há muito tempo) e que têm algumas daquelas funcionalidades; concluí que o iphone até nem é caro!
Por isso, eu sou daqueles que até nem acho que o número de adquirentes desta nova “ maravilha “ sejam assim tantos…
Além de que é o sinal inequívoco, de como os portugueses levam a sério o famigerado choque tecnológico do Engº Sócrates, mesmo que para isso andem de marmita na mão ou a "àrmar" aos Zés dos Telhados, já que Robim dos Bosques é exclusivo do PM!

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Suzana
Lá vai o endividamento aumentar: "Compre já o seu iPhone, fale sem pagar, só paga depois de falar...".

just-in-time disse...

E, no entanto, não se pode dizer que ainda seja o "state-of-art". A crer na imprensa quotidiana e apesar de recentemente ter recebido 3G, máquina fotográfica,GPS e ter perdido peso, falta-lhe vídeo, cãmara para videochamadas, rádio, multimedia e ainda se nota o peso no bolso! A cãmara fotográfica fica-se pelos 2MP o que, na aceleração tecnológica em que vivemos, já quase passou à banalidade.
O que significa a importância que, afinal, os ícons representam na nossa forma de viver!
Mas, tudo isto me suscita uma dúvida: será que os novos proprietários do gadget o vão descartar a muito curto prazo, ou vão demonstrar uma fidelidade imprópria dos tempos vertiginosos em que vivemos?
É por isso que, às vezes, sou tentado a acreditar na virtude das crises para nos reconduzir ao essencial.

Suzana Toscano disse...

O que interessa é que é giro, lá se tem as funcionalidades todas ou não, isso não interessa, pode-se sempre andar com 2 ou 3 telemóveis no bolso....E giro é, isso é verdade.

Bartolomeu disse...

Não queria, confesso, mas face aos comentários expressos, vou ter de ser irreverente.
Não sei se os meus amigos têm conhecimento de uma "Expo" que está a decorrer numa cidade espanhola!?
O tema, é a àgua e, a "tal" exposição, pretende alertar e sensibilizar o mundo, para um problemazito sem importância - se determinados habitos, incluindo os de consumo, não forem alterados, dentro de menos tempo do que podemos imaginar, será impossível encontrar uma garrafa de água que possua a necessária qualidade de pureza para ser bebida. refiro-me à àgua concretamente.
Ora bem, alterar habitos é uma matéria muito vasta, que se relaciona imediatamente com duas atitudes. Uma é: è lá... e como é que eu vou conseguir viver sem possuir um telemóvel ultima geração?
A outra é: tá bem... eu não compro o telemóvel, mas... e os outros?
Mas pronto, importante é possuir e consumir, sem pensar no facto mesquinhoso de ser necessário poluir para possuir o tal telemóvelzinho, ser necessário poluir para utilizar o tal telemóvelzinho e... continuar a poluir, mesmo depois d'agente atirar o telemóvelzinho pró lixo...
Mas pronto, importante é possuir uma cena bacana que faz isto, aquilo e aquel'outro, mesmo que aquilo que faz não acrescente qualidade de vida a ninguem, muito menos sirva para resolver o outro problemazito que é o... ai... o... acho que tinha qualquer coisa a ver com água, mas com a conversa já me esqueci o que era.

quink644 disse...

Esta análise é de uma ligeireza que das duas uma: ou é mal intencionada ou é estúpida...
Todos sabemos que anda para aí a circular muito dinheiro, muito mal distribuído e mal gasto; basta andar pelas nossas estradas para o constatar... Porém, extrapolar de um grupo ainda assim algo numeroso, mas com grande poder de compra, para a generalidade da população é ou demagógico ou estúpido. Escolha.

Pedro disse...

Cara Suzana Toscano,

Acho que era educativo ver nos 500 euros, a quantidade de dinheiro que fica em portugal, a que sai, da que sai a que fica na europa, nos EUA e na china.

Esse cálculo dava para os pintainhos da democracia perceberem muita coisa sobre o mundo moderno... e já agora sobre a economia portuguesa...

Cumprimentos,
Paulo