A palavra é o instrumento mais belo que o ser humano possui. Serve para tudo, para amar, para ofender, para seduzir, para matar, para ajudar, para confortar, para diabolizar, para divinizar, para enganar, para encantar, para poetizar, para ressuscitar e muito mais.
É através da palavra que nos fazemos entender, e também criticar e louvar os outros. É através da palavra que exteriorizamos os nossos sentimentos, as nossas dúvidas, os nossos desacordos e acordos. Somos todos diferentes quer no aspecto, quer em termos biológicos, mas é através da palavra que podemos conseguir provar à exaustão a principal característica humana: diversidade cultural, intelectual, religiosa, politica e social. Sem diversidade não há vida, nem evolução.
O valor da palavra é muito diferente consoante se fala em público ou quando se fala em “privado”.
A liberdade de expressão é a maior conquista de qualquer sociedade civilizada. Ninguém deve ser perseguido ou incomodado por pensar de forma diferente. A história da Humanidade está mais do que repleta de atentados à expressão do pensamento. Histórias trágicas, com particular destaque para a intolerância política e religiosa. Provavelmente deverá ter causado mais mortandade e sofrimento do que as mais graves epidemias que atingiram os seres humanos.
A “palavra” é reconfortante, é bela! Não esquecer que o máximo a que podemos aspirar é, precisamente, ter liberdade de expressão e coragem em manifestá-la. Mas - em tudo o que diga respeito ao homem há sempre um mas -, a forma como alguns se exprimem, as condições em que proferem certos juízos, os preconceitos subjacentes a muitos deles, a mesquinhice, os julgamentos precipitados, os interesses escondidos, a falta de carácter e a ausência de coragem ou excesso de “timidez” ao ponto de se “esconderem” no anonimato constituem a vertente negativa da palavra. Inevitável? Sim! É inevitável eliminar as formas mais baixas da palavra. É a antítese do seu superior uso que faz as delícias de um pensador, de um poeta, de um amante, de um cientista, de um artista ou de um religioso. Importa que, os que querem expressar as suas opiniões, o façam de uma forma frontal, aberta, fundamentada e não imbuída de sentimentos negativos que tolhem e embrutecem o pensamento e o seu fruto, a palavra que saí das bocas já bichosa ou que jaz apodrecendo nas páginas de um jornal.
Numa sociedade civilizada que se preze, os discordantes devem utilizar os meios ao seu alcance para exprimir e debater as suas ideias. Onde? Nos jornais, mas não a coberto do anonimato ou de qualquer pseudónimo. Em grupos cívicos organizados? Venham eles! Quantos mais melhor. Em agrupamentos políticos? É evidente! Nas assembleias? Claro! São, por definição, os espaços de excelência para exercitar o direito de cidadania. Nestes fora, que têm raízes nos velhos conselhos de homens-bons, de anciãos, dos povoados, em que os assuntos das comunidades eram debatidos, a palavra adquire um estatuto diferente. Vale ouro e marca de forma indiscutível a posição de qualquer um. Por outro lado, o ambiente colectivo, em que tem que se exprimir, ajuda a expurgar alguns preconceitos e a reduzir a mesquinhice, contribuindo para uma maturação cívica e para um exercício mental o qual pode ser terapêutico ao combater alguns defeitos de formação.
É pena que os cidadãos não utilizem os meios à sua disposição para exporem sem rebuço, sem medo, sem perigo de intimidação ou de retaliação as suas ideias, opiniões, sugestões, conselhos, denúncias ou o que lhes aprouver por bem!
Todos têm direito a exprimir as suas opiniões, mesmo que sejam totalmente contrárias às dos outros. São bem vindas, porque do contraditório podem surgir novas ideias, novos paradigmas, contribuindo para o progresso civilizacional.
Não partilho a perspectiva nietzschiana, segundo a qual “O caminho para todas as coisas grandiosas passa pelo silêncio”. Prefiro antes o debate nos locais apropriados, onde sei, atempadamente, que a palavra tem uma cotação preciosa. Chama-se a isto cultura democrática. Não é colocando um boletim de voto de quatro em quatro anos que nos torna democratas, mas sim o procedimento que revelamos entre as eleições. No primeiro caso trata-se de um direito, no segundo um dever...
É através da palavra que nos fazemos entender, e também criticar e louvar os outros. É através da palavra que exteriorizamos os nossos sentimentos, as nossas dúvidas, os nossos desacordos e acordos. Somos todos diferentes quer no aspecto, quer em termos biológicos, mas é através da palavra que podemos conseguir provar à exaustão a principal característica humana: diversidade cultural, intelectual, religiosa, politica e social. Sem diversidade não há vida, nem evolução.
O valor da palavra é muito diferente consoante se fala em público ou quando se fala em “privado”.
A liberdade de expressão é a maior conquista de qualquer sociedade civilizada. Ninguém deve ser perseguido ou incomodado por pensar de forma diferente. A história da Humanidade está mais do que repleta de atentados à expressão do pensamento. Histórias trágicas, com particular destaque para a intolerância política e religiosa. Provavelmente deverá ter causado mais mortandade e sofrimento do que as mais graves epidemias que atingiram os seres humanos.
A “palavra” é reconfortante, é bela! Não esquecer que o máximo a que podemos aspirar é, precisamente, ter liberdade de expressão e coragem em manifestá-la. Mas - em tudo o que diga respeito ao homem há sempre um mas -, a forma como alguns se exprimem, as condições em que proferem certos juízos, os preconceitos subjacentes a muitos deles, a mesquinhice, os julgamentos precipitados, os interesses escondidos, a falta de carácter e a ausência de coragem ou excesso de “timidez” ao ponto de se “esconderem” no anonimato constituem a vertente negativa da palavra. Inevitável? Sim! É inevitável eliminar as formas mais baixas da palavra. É a antítese do seu superior uso que faz as delícias de um pensador, de um poeta, de um amante, de um cientista, de um artista ou de um religioso. Importa que, os que querem expressar as suas opiniões, o façam de uma forma frontal, aberta, fundamentada e não imbuída de sentimentos negativos que tolhem e embrutecem o pensamento e o seu fruto, a palavra que saí das bocas já bichosa ou que jaz apodrecendo nas páginas de um jornal.
Numa sociedade civilizada que se preze, os discordantes devem utilizar os meios ao seu alcance para exprimir e debater as suas ideias. Onde? Nos jornais, mas não a coberto do anonimato ou de qualquer pseudónimo. Em grupos cívicos organizados? Venham eles! Quantos mais melhor. Em agrupamentos políticos? É evidente! Nas assembleias? Claro! São, por definição, os espaços de excelência para exercitar o direito de cidadania. Nestes fora, que têm raízes nos velhos conselhos de homens-bons, de anciãos, dos povoados, em que os assuntos das comunidades eram debatidos, a palavra adquire um estatuto diferente. Vale ouro e marca de forma indiscutível a posição de qualquer um. Por outro lado, o ambiente colectivo, em que tem que se exprimir, ajuda a expurgar alguns preconceitos e a reduzir a mesquinhice, contribuindo para uma maturação cívica e para um exercício mental o qual pode ser terapêutico ao combater alguns defeitos de formação.
É pena que os cidadãos não utilizem os meios à sua disposição para exporem sem rebuço, sem medo, sem perigo de intimidação ou de retaliação as suas ideias, opiniões, sugestões, conselhos, denúncias ou o que lhes aprouver por bem!
Todos têm direito a exprimir as suas opiniões, mesmo que sejam totalmente contrárias às dos outros. São bem vindas, porque do contraditório podem surgir novas ideias, novos paradigmas, contribuindo para o progresso civilizacional.
Não partilho a perspectiva nietzschiana, segundo a qual “O caminho para todas as coisas grandiosas passa pelo silêncio”. Prefiro antes o debate nos locais apropriados, onde sei, atempadamente, que a palavra tem uma cotação preciosa. Chama-se a isto cultura democrática. Não é colocando um boletim de voto de quatro em quatro anos que nos torna democratas, mas sim o procedimento que revelamos entre as eleições. No primeiro caso trata-se de um direito, no segundo um dever...
1 comentário:
Caro Professor Massano Cardoso
Não há dúvida que a palavra tem muito que se lhe diga.
A palavra exprime, melhor ou menos bem, a personalidade, os pensamentos e os sentimentos. Há pessoas que têm o dom da palavra. Conseguem falar e colocar as palavras certas para manifestar o que pensam ou o que lhes vai na alma. Esta capacidade ganha maior significado quando a palavra, a musica vocal e a expressão facial se entrelaçam em grande harmonia.
Mas a expressão verbal deve ser usada com moderação. A vontade de debitar palavra a torto e a direito é muitas vezes um defeito. É por isso que o silêncio às vezes é de ouro. É um direito! Às vezes deveria ser um dever!
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