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quarta-feira, 30 de julho de 2008

Até onde pode chegar a depravação?

Sempre houve em todos os tempos da existência humana comportamentos moralmente reprováveis, demonstrativos de depravação da mente humana.
Também sabemos que a depravação não tem limites e que por isso mesmo nunca nos cansamos de nos surpreender.
A história contada pelo DN que envolve um condenado, um gato fugido, um vizinho prestável e uma vizinha desprevenida, uma tentativa de homicídio em torno de uma hilariante dita sodomização de um gato por um dito homossexual está de facto para lá dos limites imagináveis do que pode ser a depravação.
No final, cinco anos e seis meses de prisão efectiva para o dono do gato e pelo meio um gato resgatado e uma vizinha sobrevivente, atingida pelos disparos de uma pistola e submetida a uma intervenção cirúrgica. Felizmente salvou-se.
Foi assim que o juiz resumiu esta história de depravação: "Dar um tiro em alguém por ser homossexual e por supostamente ter tido relações homossexuais com um gato que ajudou a resgatar, e por isso o animal ter ficado homossexual, é talvez o motivo mais torpe que eu já vi na minha vida". É realmente repugnante!
Na verdade, a depravação introduz problemas de perigosidade na vida das pessoas e causa outros tantos problemas na inserção social de quem dela padece. A questão está em saber como tratar o desprezo pela vida e pelo ser humano algures "escondido" na mente, tantas vezes "descoberto", tarde de mais, na prática de actos tresloucados e não raras vezes praticados por pessoas aparentemente normais e pacíficas e que vivem perto de nós, no bairro ou do outro lado da rua. Enfim, um problema para o qual não parece haver, à primeira vista, uma resposta!

6 comentários:

Anónimo disse...

Cara Margarida, partilho totalmente das suas convicções quanto a tão mirabolante caso e seus significados.

Confesso que quando li a notícia hoje de manhã, precisamente no DN, não percebi bem a história numa primeira leitura. Pareceu-me tão incrivel que achei que algo estava errado ali e eu não tinha percebido. Mas não, efectivamente era mesmo aquilo. Depois procurei noutros jornais online e estava a mesmissima história. Devo confessar-lhe que fiquei com o queixo no chão porque ultrapassa todos os limites do razoavel.

Bartolomeu disse...

Cara Margarida, não consigo encontrar outra explicação para a atitude do "Zé Pistoleiro" que a demência. Mesmo que depravado na forma de avaliar ou considerar o comportamento alheio, o "Pistolas" sofre seguramente de disturbios mentais, para alem de uma completa falta de visão, uma vez que confundiu a vizinha com o vizinho, ou então tinha a pistola muito mal calibrada... ou as balas tortas, sei lá.
Os disturbios "comportamentais" que conduzem os humanos a interagir sexualmente com animais, têm registo desde tempos imemoriais. Histórias mais ou menos conhecidas e divulgadas envolvendo humanos e animais (sempre por iniciativa dos humanos) ocorridas sobretudo nas zonas mais recônditas do país, ocorrem ainda actualmente. Li uma abordagem a esse tema, escrita se não estou em erro pelo Prof. Júlio Machado Vaz, onde na opinião dele, a relação íntima que é criada entre homem e animal, associada na maior parte das vezes ao isolamento, vem a gerar essas situações, que por vezes não chegam a ser alvo de crítica social. Ou seja, são praticadas no meio com relativo conhecimento e aceitação.
Talvez nestes casos aquele ditado popular "A ocasião faz o ladrão", ganhe alguma propriedade...

PA disse...

quer saber mesmo o que eu acho ?

acho que anda muita gente "apanhada do clima" por este país fora.

então políticos ...tchhhhhhh...

há uns tempos li uma notícia que dizia que metade dos portugueses tomava calmantes e depressivos.

Quanto à psicologia, poucos são os que acreditam na ajuda que estes técnicos podem dar.

Há um preconceito de que ir ao psícólogo é estar doido, e por isso as pessoas não vão.

E depois dá nisto ... como o caso versado na notícia.

Embora tb ainda existam portugueses tacanhos.

é o que temos, Cara Dra. Margarida.

jotaC disse...

Cara Dra. Margarida Aguiar:
O juiz presidente explanou muito bem os motivos que levaram o tribunal a condenar o “Zé Pistoleiro”.
No entanto devia ter considerado pelo menos uma atenuante, a saber:
-O Zé pistoleiro é com certeza míope e não usa óculos, logo vê o mundo desfocado; a prová-lo está o facto de ter imaginado que o bichano tinha sido abusado e ainda por cima confundiu o suposto violador com a Dª Anabela!.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Zuricher este caso é para deixar qualquer um estupefacto. Mas o nosso Caro Bartolomeu vem lembrar que em zonas recônditas do País ainda ocorrem relações íntimas entre humanos e animais. Custa a crer!
Caro Bartolomeu quanto ao estado mental do "José Pistoleiro" parece que, segundo a notícia, o tribunal deu como provado que "agiu deliberada e conscientemente" com o propósito de tirar a vida ao vizinho.
Cara Pézinhos N' Areia também li essa notícia. Com metade do País a calmantes e anti-depressivos não há psicólogos que cheguem. Ainda assim acredito que os josés pistoleiros desta vida sejam uma pequena minoria. Agora que há por aí muita gente que não regula bem da cabeça não tenho dúvidas.
Caro jotaC o juiz tratou-lhe bem da miopia. As depravações pelos vistos causam cegueira e de que forma!

antoniodasiscas disse...

Cara Margarida
S�o casos como este que classificam a �poca que atravessamos, de transtornada, de chocante e de deplor�vel.Infelizmente, nos dias que correm, v�o surgindo com uma certa frequ�ncia not�cias que nos deixam de rastos,tal o car�cter patol�gico e amoral que assumem, facto que demonstra � saciedade a �poca doente que a sociedade ocidental vive. Mas n�s eramos pacatos e sossegados, havia uma certa conten�o nestes desvairamentos. Tudo tem ultimamente piorado por diversas raz�es, sendo que uma delas se deve � nossa integra�o no espa�o schengen de que � respons�vel o Dr. M�rio Soares. A partir de a� passou a entrar neste pa�s a fina flor do lixo europeu, enxotado doutras paragens.
Mantidas as distancias, cada vez me lembro mais da saudosa Ivone Silva e do Camilo " este pa�s � um colosso, est� tudo grosso, est� tudo grosso". S� que esta "charge" rodiava-se de um car�cter pol�tico, enquanto que na situa�o actual � a degrada�o moral que est� em causa e isso costuma ser o princ�pio de um precip�cio!