Está de parabéns Fátima Campos Ferreira pelos Prós e Contras desta noite, dedicado à ADOPÇÃO "Entre a lei e o coração", no qual foi tratado abundantemente o interesse superior da criança da Sertã.
Neste caso extraordinariamente infeliz e dramático, registaram-se ao longo da existência desta criança – já lá vão perto de cinco anos – vicissitudes de vida, comportamentos desviantes, inúmeras falhas e morosidades processuais, contradições judicias e legais, interpretações distintas sobre o superior interesse da criança, vários processos judiciais e a intervenção de diferentes tribunais, morosidade no processo de adopção, etc.
No meio de tanta complexidade, existe uma criança que na sua inocência não sabe, não imagina, a luta que é travada pela sua tutela, mas que conhece e ama os seus Pais, que sente o seu amor e carinho e encontra neles o seu ninho.
Muitas coisas foram ditas esta noite, mas aquela que mais me chamou a atenção e que me reconfortou naquilo que é a minha sensibilidade para julgar o que é o superior interesse desta criança foi a seguinte declaração: o princípio da afectividade deve prevalecer sobre a identidade biológica.
Só assim será possível que não ocorra a ruptura dos laços afectivos da criança com os seus Pais adoptivos, de que depende a sua estabilidade e segurança emocionais.
Neste caso extraordinariamente infeliz e dramático, registaram-se ao longo da existência desta criança – já lá vão perto de cinco anos – vicissitudes de vida, comportamentos desviantes, inúmeras falhas e morosidades processuais, contradições judicias e legais, interpretações distintas sobre o superior interesse da criança, vários processos judiciais e a intervenção de diferentes tribunais, morosidade no processo de adopção, etc.
No meio de tanta complexidade, existe uma criança que na sua inocência não sabe, não imagina, a luta que é travada pela sua tutela, mas que conhece e ama os seus Pais, que sente o seu amor e carinho e encontra neles o seu ninho.
Muitas coisas foram ditas esta noite, mas aquela que mais me chamou a atenção e que me reconfortou naquilo que é a minha sensibilidade para julgar o que é o superior interesse desta criança foi a seguinte declaração: o princípio da afectividade deve prevalecer sobre a identidade biológica.
Só assim será possível que não ocorra a ruptura dos laços afectivos da criança com os seus Pais adoptivos, de que depende a sua estabilidade e segurança emocionais.
A propósito deste caso escrevi em 19 de Janeiro um post intitulado: O "flagelo" da adopção...
8 comentários:
Para ser franco, eu estou a ver o programa e tiro duas conclusões: Uma é que os juízes podem ser facilmente substituídos por computadores, com valor acrescentado. A segunda é que Portugal será um dia estado de direito, quando acabar com o direito que tem.
(A outra é que se perdia pouco correr tudo a varapau, mas amanhã isto já passou...)
Caro Tonibler:
A porcaria deste país resulta exactamente de pensarmos que isto amanhã já passou!
Não passou não! Se não for este caso é outro.
Só passou quando não optarmos por preferir a telenovela da TVI ou o filme de tiroteio que dá num qualquer outro canal em vez de enfrentarmos as nossas realidades, de frente e com verdade! Gostamos de ser retoricos, principalmente, sobre o abstracto.
E os que fazem essa opção serão os primeiros, amanhã, a vir de novo criticar este País!
Camarada Vasco,
Aquilo que me passou amanhã é a vontade que tenho agora de correr tudo a varapau, advogados, juízes, jornalistas, e toda a corja que não trabalha com axiomas, lemas e teoremas! Estou certo que amanhã já lhes reconheço o direito à vida...(acho!)
Meus Caros:
Pois é, mas eu ainda não compreendi que serviço público de televisão é este que põe um programa como os Prós e Contras num horário que o força a terminar já alta madrugada.
Certamente que o programa não é para gente que trabalha e tem que se levantar às seis ou sete da manhã. Aliás, parece-me o mesmo critério comercial que leva a mudar os tempos de antena para uma hora de pouca audiência, a fim de não bulir com outros programas mais apelativos e com o desconchavo de um telejornal em que nunca se sabe qual o princípio, o meio ou o fim...e este nunca chega...
A uma televisão que pagamos exige-se mais respeito por quem a paga e a contrapartida do serviço em programas de interesse público e não em programação que as estações privadas podem e sabem dar.
Caro Toni:
Pelos vistos não enetendi devidamente a ultima frase do seu post: dado adiantado da hora, o cansaço, e porque não o imagino tão violento. Mas à cautela, vou-me cuidar mais, qd o encontrar...!
Caro PCardão:
Condordo consigo, quase toda a gente concorda consigo, quase todos os espetectadores concordam consigo, mas a ultima alteraçao de horario prevista, há 2 semanas atrás, segundo informação que me chegou, e chegou a ser anunciado na programação da RTP na NET e para os jornais, era a mudança das 22.30h para as 23.15, pela introdução de uma telenovela, 22.30. Pelo vistos, houve recuo! Coisas...por essas e outras há quem desista de lutar, como sabe, muda de vida e dedica-se "à pesca"!
Esta história lamentavelmente rocambolesca fez-me lembrar um filme que vi (não me lembro o nome) em que um miúdo foi raptado para obterem um resgate. Os pais sabiam quem o tinha feito, calculavem onde seria o esconderijo,e recorreram às devidas instituições para os ajudar a recuperar a criança. Saíu tudo ao contrário, os "procedimentos" e as "regras" eram cumpridas a preceito, bem a tempo de permitir aos raptores irem mudando de sítio e de estratégia. As hierarquias davam ordens atrás de ordens, ignorando os pais que apontavm outro caminho. Até que os pais decidiram agir por eles próprios, com risco de vida, numa confusão à americana que acaba com o miúdo a ser resgatado ao mesmo tempo que o polícia algema o pai por ter infringido a lei ao actuar por conta própria. E o homem apenas diz "eu tentei seguir as regras, mas as regras não seguiam os raptores..."
Caro RuiVasco, isso da mudança de horário para as 23.15 é a brincar???
Não, Suzana, foi mesmo a sério, embora pareça a brincar! Disso não tenho dúvida!
Pensei que a hora do início do programa Prós e Contras seria sim antecipada, de modo a acabar a horas decentes. Assim como em relação a outros programas, poucos infelizmente.
Mas não, os espaços nobres são para as telenovelas e o futebol. É o que vende mais.
Qual serviço público de televisão?
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