As notícias sobre saúde, acidentes, fugas ao fisco, inoperância tributária, violência infantil, falta de recursos e corrupção têm andado num corrupio mais do que estonteante, verdadeiros dramas que roubam a esperança e a alegria de um português dito normal.
No caso da saúde continuam a encerrar serviços, uns atrás dos outros, com a promessa de que os excelentes resultados acabarão, um dia, por provar as capacidades económico-proféticas dos actuais responsáveis.
O mal do país é ser muito pequeno. E como é pequeno não tem recursos para resolver certas situações.
No caso da saúde continuam a encerrar serviços, uns atrás dos outros, com a promessa de que os excelentes resultados acabarão, um dia, por provar as capacidades económico-proféticas dos actuais responsáveis.
O mal do país é ser muito pequeno. E como é pequeno não tem recursos para resolver certas situações.
Chegou-se à conclusão que parir em Badajoz é mais barato. Viram? Aqui está. Fica mais barato! Se falharem alguns recursos não há problemas, manda-se a criança queimada para a Corunha ou para Madrid caso necessite de um transplante hepático. Não é que não se fazia entre nós, pelo contrário, e com muita qualidade. O pior são os recursos, porque, como é óbvio, certas situações não podem depender apenas de uma pessoa ou serviço por mais excelentes que sejam, e são! Mas se falharem, qualquer que seja a causa, é um verdadeiro desastre. Por que é que isto acontece? Porque somos pequeninos.
O caso da não assistência atempada aos recentes náufragos – quer estivessem ou não em situação ilegal – revela o quê? Que somos pequeninos e, neste caso, até mesquinhos, a testemunhar pelas declarações públicas de alguns responsáveis.
Ficamos com os cabelos em pé quando ouvimos que o fisco não conseguiu cobrar judicialmente, em 2005, salvo erro, qualquer coisita como 230 milhões de euros! E o que dizer de um ídolo do desporto que mente e foge ao fisco, acabando por não ter que pagar os devidos impostos? Revela que somos pequeninos. E os exemplos ficam por aqui? Claro que não, porque nestas matérias somos, verdadeiramente, "grandes". Mas há decisões que revelam a faceta escondida da grande alma lusitana. Podemos exemplificar com o facto de ter sido aprovado, ou melhor, ter havido consenso entre as bancadas parlamentares para a elaboração de um projecto de recomendação ao Governo relativamente à necessidade de ser construída uma nova, e mais eficiente, escada para os peixes do Mondego poderem ultrapassar a ponte-açude de Coimbra. Confuso? É mesmo assim! Deste modo, talvez se consiga encontrar uma solução depois de, ao longo de 30 anos, se reconhecer que a actual não serve aqueles propósitos. Parece ser um bom sinal para os amantes das lampreias, as quais muito dificilmente conseguem galgar aquele obstáculo, garantindo a satisfação gastronómica de muitos, mormente governantes. De facto, nada nos impede de prever que um dia, os mesmos, poderão festejar as suas decisões, nomeadamente as relativas à região e à cidade. Caso não sejam apreciadores, ou estejam impedidos medicamente de as “atacar”, é difícil a um político não engolir certas preciosidades, mesmo que sejam jurássicas. Mas se não tirarem dividendos ou não possam comemorar o que já nos fizeram engolir, podem, em última análise, solenizar a nova escada de peixe, grande e atapetada à maneira….
O caso da não assistência atempada aos recentes náufragos – quer estivessem ou não em situação ilegal – revela o quê? Que somos pequeninos e, neste caso, até mesquinhos, a testemunhar pelas declarações públicas de alguns responsáveis.
Ficamos com os cabelos em pé quando ouvimos que o fisco não conseguiu cobrar judicialmente, em 2005, salvo erro, qualquer coisita como 230 milhões de euros! E o que dizer de um ídolo do desporto que mente e foge ao fisco, acabando por não ter que pagar os devidos impostos? Revela que somos pequeninos. E os exemplos ficam por aqui? Claro que não, porque nestas matérias somos, verdadeiramente, "grandes". Mas há decisões que revelam a faceta escondida da grande alma lusitana. Podemos exemplificar com o facto de ter sido aprovado, ou melhor, ter havido consenso entre as bancadas parlamentares para a elaboração de um projecto de recomendação ao Governo relativamente à necessidade de ser construída uma nova, e mais eficiente, escada para os peixes do Mondego poderem ultrapassar a ponte-açude de Coimbra. Confuso? É mesmo assim! Deste modo, talvez se consiga encontrar uma solução depois de, ao longo de 30 anos, se reconhecer que a actual não serve aqueles propósitos. Parece ser um bom sinal para os amantes das lampreias, as quais muito dificilmente conseguem galgar aquele obstáculo, garantindo a satisfação gastronómica de muitos, mormente governantes. De facto, nada nos impede de prever que um dia, os mesmos, poderão festejar as suas decisões, nomeadamente as relativas à região e à cidade. Caso não sejam apreciadores, ou estejam impedidos medicamente de as “atacar”, é difícil a um político não engolir certas preciosidades, mesmo que sejam jurássicas. Mas se não tirarem dividendos ou não possam comemorar o que já nos fizeram engolir, podem, em última análise, solenizar a nova escada de peixe, grande e atapetada à maneira….
5 comentários:
Excelente post e com piada. :-) Hoje também fiquei de boca aberta ao saber da notícia acerca do "ídolo do desporto" que não pagou nem vai ter de pagar.
Jaime
www.blog.jaimegaspar.com
Caro Prof Massano:
Pela sua Saúde, não me fale em lampreias...! Esqueço logo tudo. Talvez uma boa ideia para o governo, aplicar de futuro!
Será que foi pela tal "estória" do fisco sobre o tal dito jogador, que o Governo decidiu prescindir da colaboração do ainda Director Geral de Impostos, por incumprimento deste ultimo?
Caro RuiVasco
O ainda Director Geral de Impostos é um homem muito competente e, segundo ouço, vai conseguir que o estado arrecade boas quantias. Já foi ao bolso de muitos, e ainda bem! Mas meter a mão em certos bolsos não deve ser fácil. Com a sua saída é muito provável que muitos bolsos voltem a ficar fechados. Enfim!
Quanto às lampreias, o melhor é passar por estas bandas em data a combinar!
Ah! Já agora se houvesse uma nova escadita, agradecíamos. Ganhavam as lampreias e o pessoal...
Sugiro que não se esperem pelas escaditas para combinar o encontro. Pareceu-me ler que já lá vão 30 anos a contar com elas!...:)
Por falar em tamanhos, nas edições de ontem e de hoje do JN surge, em meia página (e nem sequer na secção de anúncios) um enorme convite à população endereçado pela Câmara Municipal de Gaia. Tanta pompa fica a dever-se à inauguração do 3º troço do IC 23 - 1,3 km que permitem a conclusão da VCI entre a Ponte do Freixo e a Ponte da Arrábidam num total de 9,5 km.
Até nem está mal...
Mas tal grandeza de convite ficaria decerto diminuida não fosse a inclusão da seguinte passagem: "(...) Iniciada em 1998 e agora concluída, tudo em mandatos autárquicos liderados por Luís Filpe Menezes , esta obra vai permitir percorrer em 5 minutos o que antes demorava 45 minutos."
Ainda bem que há coisas grandes em Portugal. :)
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