Fazer as malas é sempre uma operação complicadíssima. Ou se leva tudo o que parece que vai fazer falta, caso em que a mala se recusa a sair do chão, ou se leva “o essencial” e sou eu que não quero levantar voo. É incrível como a sensação de segurança está ligada a uma montanha de objectos que no dia a dia nos parecem tão pacíficos mas que, na hora de os largar por uns dias, ganham vida, são caprichosos, aparecem-nos a sair das gavetas e a ameaçar que se não os levamos…
Bem sei que hoje pode parecer absurdo, com a garotada a correr mundo mal lhes nascem os dentes. Mas a primeira vez que fiz uma viagem maior foi pouco tempo depois de casar, íamos estar fora três semanas e foi no princípio de Outubro, tanto podia estar calor como frio, enfim, o cenário mais difícil de gerir em termos de roupa. Preparei então a minha mala esgotando todas as hipóteses de que me lembrei para garantir que nada me faltaria naqueles dias fantásticos. Quando fiquei pronta, o meu marido tentou pegar na mala e ia caindo. Cheio de paciência, desafiou-me: -“Quando conseguires andar 2 metros com esta mala, estamos prontos a partir!” É claro que tive que me separar de metade dos indispensáveis e mesmo assim não consegui passar a barreira dos 2 metros…No fim da viagem tive que reconhecer que não cheguei a tirar da mala nem metade do que tinha levado!
Espero poder contar-vos algumas das coisas que vou ver na Índia, se conseguir fazer a mala…Até breve!
Bem sei que hoje pode parecer absurdo, com a garotada a correr mundo mal lhes nascem os dentes. Mas a primeira vez que fiz uma viagem maior foi pouco tempo depois de casar, íamos estar fora três semanas e foi no princípio de Outubro, tanto podia estar calor como frio, enfim, o cenário mais difícil de gerir em termos de roupa. Preparei então a minha mala esgotando todas as hipóteses de que me lembrei para garantir que nada me faltaria naqueles dias fantásticos. Quando fiquei pronta, o meu marido tentou pegar na mala e ia caindo. Cheio de paciência, desafiou-me: -“Quando conseguires andar 2 metros com esta mala, estamos prontos a partir!” É claro que tive que me separar de metade dos indispensáveis e mesmo assim não consegui passar a barreira dos 2 metros…No fim da viagem tive que reconhecer que não cheguei a tirar da mala nem metade do que tinha levado!
Espero poder contar-vos algumas das coisas que vou ver na Índia, se conseguir fazer a mala…Até breve!
15 comentários:
Suzana,
É engraçado ver que os homens não simpatizam, na sua maioria, com malas de viagem. Resmungam sempre com o tamanho e o peso das malas. Deve ser um defeito genético. Eles não gostam, mas elas gostam.
Normalmente gostam muito que elas façam as malas, incluindo as suas. Afinal, um mal necessário. Não compreendem que fazer malas requer muita atenção, que é preciso colocar tudo aquilo que nos faz sentir em casa. É uma espécie de arte.
É como a Suzana diz, uma questão de segurança, ter a certeza que não vão faltar as nossas coisas, essenciais para que a viagem seja maravilhosa. Antes a mais, do que a menos...
Tenho a certeza que vai conseguir fazer as malas, e muito bem feitas.
Não se esqueça que ficamos por cá na expectativa de notícias sobre a viagem e a Índia...
Mas convem, ainda, não esquecer que a bagagem de mão duplica de peso, em cada meia hora de espera em qualquer aeroporto.
Cara Suzana:
Vejo que está num momento de angústia existencial, mas isso passa com o que vou referir!...
Cá por mim, acho que o conteúdo da mala se devia ajustar ao país para onde é suposto que a dona viaje.
Ora a Suzana vai para a Índia.
Acontece que na Índia a maioria das pessoas vive com duas ou três peças de roupa, no máximo.
Assim, mais do que isso parece pura ostentação!...
Sobre as malas e o seu peso, nem me pronuncio. Acho só que as senhoras não fazem o saldo de tudo o que se levou e aquilo de que verdadeiramente se precisou...
Bom, mas o que importa é que faça a Suzana boa viagem, esperando que na companhia do marido porque está visto, pelo teor do post, que vai precisar...
...e cá esperamos umas novas crónicas da India, Suzana. Começa aliás a ser tradição anual do 4R, que viu alguns dos seus primeiros posts serem escritos de Nova Deli, depois acolheu lindas imagens e excelentes relatos das aventuras do Pinho Cardão e agora fica na expectativa dos textos da Suzana.
Devo aliás dizer que o impulso da partilha de sensações e sentimentos que aquelas paragens nos provocam, é quase irresistível. E facilita a escrita.
Caro Ferreira de Almeida:
E sendo nós dez, temos assegurada reportagens anuais por mais 7 anos!...
Pois é Pinho Cardão. Aliás, vejo mais provável isso do que a entrega nestes próximos 7 anos de uns certos textos que alguns dos nossos ilustres companheiros ficaram de enviar...
Cara Suzana
Desejo-lhe uma óptima viagem. Não se esqueça de reegistar o que vai sentir e ver. Depois é só transformar em interessantes histórias, como sabe tão bem fazer...
Caro Ferreira de Almeida:
Se não enviarem antes, não vão à Índia. A Suzana vai, porque cumpriu exemplarmente!...
É isso mesmo, Margarida, já contava com a sua solidariedade nesta dúvida metódica que nos assalta no momento de escolher o que levar!
O Pinho Cardão é muito frugal, não posso seguir o seu conselho de levar só dois trapinhos, a menos que o meu amigo esteja a pensar que vou ter imenso tempo para compras, mas o programa é muito exigente e não dá margem a devaneios...Prefiro fazer saldos depois, como diz o Zé Mário :)
Ainda bem que já cumpri o meu dever, vejo que o PC está disposto a exercer represálias aos faltosos, e muito bem! Na falta de tempo para compras, espero redimir-me com a inspiração que de lá traga, embora o antecedente do Diário do PC deixe qualquer um atemorizado! Se prometerem não comparar...
Bom, meu caro Pinho Cardão, por algumas das coisas que vimos, não sei se aos faltosos não deveriamos antes mandá-los para a India!
Não a dos encantantamentos, de Agra ou de Jaipur, mas a outra...
Não, não, não somos desumanos e sobretudo estimamos muito os nossos Amigos.
Suzana: fundamental visitar Old Delhi. Entre muitas outras coisas, obviamente, mas os gold, silk e spice markets são imperdíveis. E inesquescíveis...
Caro Ferreira de Almeida:
E não lhe aconselha o tal restaurante?
Passando à questão das represálias, creio que a "ameaça" surtiu efeito, pois dois dos cinco "faltosos" acabaram de dar sinal de si!...
Cara Suzana:
O que diz dos meus textos indianos é gozar com o pobre!...
Estou é com grande expectativa quanto aos resultados da sua inspiração!...
Ah, Pinho Cardão, uma ida ao Hakim também seria inesquecível! Mas não quero que a Suzana tenha de viver com a recordação da viagem até lá. Que não seria tão cedo obnubilada pela excelente comida que ali se serve.
Que animada discussão! Curioso que ninguem tenha referido a pior das situações - ou será que só me acontece a mim?
Preparam-se duas malas - pesadas! Perto da hora de partida conclui-se (normalmente a mulher, desculpem!): - "espera é melhor aliviar aqui uma das malas de qualquer coisa dispensável". "Podemos" (?) querer comprar qq coisa!...e depois não há espaço| Pois... e alivia-se, normalmente das minhas coisas!
Ao preparar a mala para o regresso, preenchido o espaço aliviado, conclui-se que é necessário comprar mais uma mala grande ou duas pequenas, porque não cabe tudo!...( normalmente conclui-se que é necessário comprar duas grandes.)Será que é só a mim que isto acontece? E colecção de malas que por aí vai?
Independentemente da mala, cara Suzana, boa viagem e boas novas!
Bem me parecia que me tinha esquecido de alguma coisa! Foi de deixar espaço na mala!, como bem lembra (tarde demais) o sempre atento RuiVasco. Lá terá que crescer o "parque de malas" doméstico! ;)
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