Para quem queira libertar-se por algum tempo da espuma do momento, vale a pena assistir a esta palestra da Doutora Sheena Iyengar, psicoeconomista e professora na Columbia Business School.Concorde-se ou não com as ideias que expõe, a verdade é que se trata de uma notável palestra que estimula a reflexão sobre a importância da liberdade de decisão. Transportada para o campo da política, a questão tem um relevo enorme porque convoca a questão essencial com que as democracias estão e estarão confrontadas: existe verdadeira liberdade de escolha para o cidadão?
3 comentários:
O cidadão, não tem escolha, nesta europa. Está tudo, superiormente decidido, veja-se, por exemplo,os referendos, vai-se votando, até a decisão, coincidir, com o interesse, que se pretende, o referendo na Irlanda.
As decisões, são tomadas, no interesse , de um grupo ou organização, que por sua vez, tomam decisões, para as quais não foram mandatados, em eleições, ditas "democráticas". A maçonaria, que pela segunda vez, vai arruinar o país.
O resto, é conversa para encher chouriços.
José Mário
É uma palestra extarordinária, completamente fora da espuma do dia!
Deixa-nos um ponto importantíssimo para reflexão. Que democracias estamos a construir quando o leque de escolhas se está a reduzir? Sendo a liberdade um exercício que implica fazer escolhas, como podem as democracias assegurar o valor da liberdade se as opções - políticas, económicas - em lugar de aumentarem se reduzem? Não deixa de ser, no entanto, paradoxal esta constatação, quando a criatividade e a inovação, sendo expressões da liberdade, têm crescido, em particular nas democracias.
A liberdade de escolha implica capacidade de avaliar o que mais convém a quem escolhe, por isso se fala tanto em informação, esclarecimento e cultura. E por isso a tentação de limitar ao máximo essa informação e essa cultura, ao ponto de se manipular o que interessa para influenciar a decisão.A sociedade de consumo e baseada nessa suposta liberdade de escolha, daí as campanhas para condicionar, para levar a decidir por um produto em vez de outro.E a globalização implica uma normalização, um combate à diferença e a restrição a essa liberdade, por isso é cada vez mais difícil decidir, ou é cada vez mais difícil acreditar que existe liberdade de decisão.
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