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quarta-feira, 16 de março de 2011

Democracia suspensa

E se a oposição não criar condições para viabilizar o novo PEC e isso conduzir a um pedido de auxílio a Bruxelas e ao FMI, teremos de responsabilizar os responsáveis”.
Teixeira dos Santos, hoje, na A.R.
"Crise política pode resultar na ruptura quase imediata do financiamento do país".
Silva Pereira, hoje, em conferência, na Assembleia da República.
Ora aí está a mais acabada teoria política de conservação do poder: quanto pior for o caos, mais difícil correr com o Governo que o originou. Porque o caos se agravaria. Porque se correria o risco de implosão.
Para evitar a implosão, paralisa-se a acção partidária e suspende-se a democracia. Deixando o Governo à rédea solta para potenciar um novo caos de valor superlativo. O que dificultaria, ainda mais, a substituição do Governo.
De caos em caos, o Governo tornar-se-ia insubstituível: um verdadeiro golpe de estado.
Justificável, porque sem ele a desgraça seria ainda maior.
Maquiavel era um aprendiz.

13 comentários:

Massano Cardoso disse...

Realmente, com base nesses alertas catastrofistas, e como os problemas não irão resolver-se nas próximas décadas, estariam criadas todas as condições para um “chaveznismo” à portuguesa! Não temos a Ley Habilitante, mas os senhores do governo provaram que são suficientemente atrevidos para decidirem sem ouvir quem de direito. Pobre país que se deixa governar desta maneira.

Caboclo disse...

Qualquer oportunidade é boa para tirar o lunático do leme.
Mas tem uns táticos medrosos como diz Antonio Balbino Caldeira ..que se acham mais equilibrados e sabedores do momento certo ..e o descalabro vai avançando ...e o momento certo nunca mais chega ...e entretanto os mais frágeis ..cada vez mais afundados ..
Uma coisa é certa.... quanto mais tarde piooooooooooorrrrrrrrrr
É difícil de entender ?

Jorge Oliveira disse...

Não houve em tempos quem tenha falado na suspensão da democracia? Ela (a suspensão) aí está...

José Maria Brandão de Brito disse...

Caro Dr. Pinho Cardão,
Excelente ponto o seu. Não foi o filho do Gaddafi que disse que se o governo fosse derrubado, o país cairia no caos? Tendo em conta a barbárie do comentário do ministro da presidência e a sua semelhança com a do rebento do ditador líbio, fico com receio da reacção do actual governo português à sua cada vez mais ameaçada condição.

Tonibler disse...

E, que eu saiba, o país não tem qualquer dificuldade de financiamento. Quem tem é o estado português e para esse duvido que seja preciso governo, ou melhor, que um não governo seja muito pior que um governo.

Anónimo disse...

Muito bem, Pinho Cardão e comentadores.
A referência a Maquiavel é ajustada, embora o seu génio não seja comparável ao desta gente que se anima, exclusivamente, pela detenção do poder a qualquer preço.
Como é ajustada a referência ao amigo Chavez. Tanta proximidade deu nestes tiques.
E tem razão, na substância, Tonbler, Se o País tem problemas no financiamento da sua economia, a causa está no Estado, não está em tudo o mais que integra o País.

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
O Reformista disse...

Por isso é que tem que ser dito que Portugal tem dois problemas para resolver

1- As medidas de auteridade
2- A mudança de Governo

Um sem a outra não servem para nada

Por isso oferecer o deixar passar as medidas tendo como contrapartida o Governo apresentar no momento seguinte uma Moção de Confiança. E para isto creio que Sócrates não tem resposta.

Anthrax disse...

Quer isto dizer que já podemos começar a correr pelas ruas, a puxar os cabelos e a gritar: "Vem aí o fim do mundo!", sem parecermos tolinhos?

Tonibler disse...

Continuo a achar que entre Sócrates, Passos Coelho e FMI, a escolha para gerir os gastos dos nossos serviços é mais do que óbvia...

Anónimo disse...

Caro PC
O PSD está com medo ou falta de pessoal disponível? Ou ambos?
Se for preciso dou uma ajudinha.

Pinho Cardão disse...

Força, caro Agitador!