Das medidas de mais este pacote de austeridade consta o alargamento do congelamento das pensões a 2012 e 2013. Mais uma vez a austeridade vai atingir as classes mais desfavorecidas, já sacrificadas com os PEC anteriores.
A que título se pode aceitar que pensões baixas, nas quais se incluem as pensões de sobrevivência, não sejam actualizadas durante três anos, quando a inflação está a subir, o preço dos bens alimentares e o preço dos combustíveis estão a crescer?
O argumento de que todos têm que fazer sacrifícios não é aceitável. Há limites. Os sacrifícios devem ser repartidos por todos na proporção dos seus rendimentos e patrimónios e o Estado não se pode excluir deste processo porque são elevados os custos dos seus desperdícios.
Com que direito se socializam os custos das perdas da desalavancagem financeira em curso por aqueles que passam graves dificuldades e vivem da caridade alheia? Com efeito, é a mesma população que foi excluída da socialização dos benefícios da alavancagem financeira que nos conduziu à insolvência em que nos encontramos e que foi remetida à sua condição de pobreza e privação de bens essenciais da qual nunca saiu. Não haverá por aí uns “TGVs” que se pudessem adiar para evitar mais fome?
É por esta e por outras que teremos dificuldades acrescidas em vencermos a crise em que estamos mergulhados, porque antes da crise financeira o que temos é uma crise de princípios e valores.
O argumento de que todos têm que fazer sacrifícios não é aceitável. Há limites. Os sacrifícios devem ser repartidos por todos na proporção dos seus rendimentos e patrimónios e o Estado não se pode excluir deste processo porque são elevados os custos dos seus desperdícios.
Com que direito se socializam os custos das perdas da desalavancagem financeira em curso por aqueles que passam graves dificuldades e vivem da caridade alheia? Com efeito, é a mesma população que foi excluída da socialização dos benefícios da alavancagem financeira que nos conduziu à insolvência em que nos encontramos e que foi remetida à sua condição de pobreza e privação de bens essenciais da qual nunca saiu. Não haverá por aí uns “TGVs” que se pudessem adiar para evitar mais fome?
É por esta e por outras que teremos dificuldades acrescidas em vencermos a crise em que estamos mergulhados, porque antes da crise financeira o que temos é uma crise de princípios e valores.
5 comentários:
Cara Margarida,
Colocou o dedo na ferida. É inadmissível que não se pense nestes reformados.
No Parlamento, o bloco central dos interesses defendeu quem ganha mais de 8 mil euros mensais, mas prémios, mais despesas disto e daquilo, com a justificação de que só assim se pode ter os melhores a liderar organismos que todos os anos acrescentam endividamento ao endividamento!!!! Espantoso! Se a razão é mesmo a apontada, porque é que continuamos a ter boys e girls nesses lugares?
Mas para os malandros dos idosos que recebem 190 euros mensais, aí temos que cortar porque, e passo a citar, "todos nós temos que fazer sacrifícios"!
Quando ouço e leio os situacionistas a comentar nas televisões e nos jornais fico com a nítida sensação que vivem em Plutão!
Nem mais. Sem repartição do rendimento não há quem pague este Estado. Infelizmente só agora é que muitos perceberam que a sua falsa solidariedade teria isto como resultado. Carrega nos lucros Amorim, Mexia, Soares dos Santos, Belmiro...carreguem empresas municipais, DGCI, SSocial,...carreguem coimas, multas, penalidades, salários obscenos, benesses obscenas, administradores obscenos,...carreguem, que a implosão está perto!
Não é verdade que o governo não pense nos mais necessitados. Ainda hoje o J Neg. anuncia que o IVA dos campos de golf vai voltar a ser 6%....
Caro Tonibler,
É o socialismo pós-moderno :)
Caro Fartinho da Silva
Já nada me surpreende! Será que quem decide não se lembra por exemplo que o Banco Alimentar Contra a Fome alimenta 300.000 pessoas por dia?
Ainda a semana passada ajudei um homem com 83 anos que tem uma pensão que não chega a 200 euros. Vive num quarto e paga 100 euros. Almoça num Centro de Dia, mas apenas durante a semana. Com o que lhe resta podemos imaginar como vive. Vive mal, com privações complicadas. Não fossem as ajudas de algumas pessoas e estaria num sofrimento intolerável.
Caro P.A.S.
Falsa solidariedade, diz muito bem.
Caro Tonibler
Sempre atento! Paradoxal, não é?
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