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sexta-feira, 4 de março de 2011

Paradoxal...

Castelo de Paiva, Ponte Entre-os-Rios. Este é um caso muito triste. Não conheço os problemas e as potencialidades da região. Mas não é com políticas de promessas circunstanciais e não cumpridas e com falta de estratégia de desenvolvimento que vamos tirar o País das dificuldades em que estamos. É, sobretudo, na vida das pessoas, que devemos pensar. As pessoas deveriam ser, porque são, a prioridade.
Acredito no desenvolvimento das regiões porque acredito que são mais as desvantagens da crescente concentração da população e da economia, a pouca que temos, na faixa litoral do que as vantagens que teríamos com o povoamento do interior do País, aproveitando as suas potencialidades e, particularmente, os investimentos em grandes infra-estruturas rodoviárias que foram sendo realizados. Mal ou bem, já existem. Estas estradas estão a funcionar sobretudo num sentido, do interior para o litoral. São uma "via verde" para a desertificação do interior. É isto que realmente queremos?

4 comentários:

Bmonteiro disse...

«É isto que realmente queremos?»
Lamento, mas agora é tarde.
Foi isto que quisemos ou deixámos querer.
No meu interior (FundãoSilvares), a residencial turística lá fechou. Os restaurantes deixando de ter clientes.
Mas autarcas há, que teimam em aeroportos e centros culturais (CasteloBranco).
E entre a Guarda e Bragança, trajecto super congestionado de trânsito, lá vai surgindo uma magnífica nova autoroute.
No interior, a empresa EP e o seu magnífico gestor e agente do PM velam por nós.
Apesar da crise, a lei da inércia (da física), parece continuar a dar cartas.
No terreno e no governo.
Há dois ou três anos, ainda poderia (deveria) ter-se invertido a marcha.
Agora, é tarde.

a.leitão disse...

"Não conheço os problemas e as potencialidades... etc", pois devia conhecer, trata-se de uma das regiões do interior(!) mais bonitas e com potêncialidades que os meninos e meninas da linha nem sonham; mas eu compreendo, a linha não deslaça do pescoço...

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Bmonteiro
Sim, passou tempo demais. Mas ainda assim, penso que se existisse uma grande vontade política poderíamos fazer inversão de marcha. É certo que com um maior custo. Mas o que é confrangedor é a falta de uma discussão séria em torno deste assunto. Continuamos sem saber o que queremos fazer no futuro. As exportações são importantes, mas não chegam.
Na minha região - Arganil - há muitas vias rápidas e rotundas, mas não há quem nelas circule!

Caro Paulo
Tantos "d" e todos muito bem articulados. É deveras decepcionante o nosso destino...