O país continua sem perceber porque é que o governo tomou a decisão de não pagar o subsídio de férias em Junho. E não percebe porque é que o governo não explica a decisão. É um mau exemplo como alguém hoje me dizia: o governo tem dinheiro mas não paga!
13 comentários:
Mas então, está tão errado não pagar o subsídio de férias em Junho como pagar o de Natal, em duodécimos, em Jan, Fev, Mar, Abr, etc...
Quem contesta o não pagamento do primeiro também devia exigir a suspensão dos duodécimos e o pagamento do subsídio de Natal em Novembro.
É verdade, falta explicar. Por exemplo, a pagar agora o subsídio e com os duodécimos já pagos, em Julho estariam pagos subsídio e meio. Em sete meses...
TINA
Quando Margaret Thatcher governava a trave mestra da sua politica,profundamente anti popular, ficou conhecida pelo acrónimo TINA ou seja "There is no Alternative" .O exito das politicas do governo português depende também de conseguir demonstrar que as medidas que implementa são inevitaveis.
Ora se pagasse os subsidies na altura habitual estaria a revelar que afinal havia alternativas aos cortes, coisa que absolutamente não pode permitir que se saiba.
É apenas isto.
manuel.m
Francamente não percebo onde está o problema e o porquê de tanta estranheza. Em 12 deste mês, escrevi a este respeito no meu blog:
« Ao princípio não percebi onde estava o problema nem a que subsídio se referiam: Noticiava-se com grande relevo, juntamente com um coro de protestos, que o Governo se recusava a pagar em Junho o subsídio de férias dos funcionários públicos e dos pensionistas. Eu nem sabia se era em Junho que este devia ser pago, mas estranhei a discussão: Então não ficou claro, depois de o Tribunal Constitucional não ter aceite o corte de um subsídio (o de férias) aos funcionários (e 0,9 aos reformados), que o pagamento de duodécimos de um subsídio que estava a ser praticado desde Março, mas com efeitos retroactivos ao início do ano, como consequência daquela decisão do TC, passava a referir-se ao subsídio de férias e que o de Natal seria pago de uma só vez na data habitual? Então a que vinha agora a polémica? Como se podia pagar em Junho um subsídio que já vinha sendo pago em prestações? Na altura em que esta decisão fora anunciada não se ouviram protestos. Para mim pareceu-me uma solução ajustada. Até já recebi metade do subsídio de férias nos duodécimos referentes aos meses de Janeiro a Junho. Mas há quem não goste e queira agora receber o subsídio (pelos vistos referir-se-ão à parte ainda não paga). Será uma desgraça adiar por 6 meses a entrega desse dinheiro? E depois, chegam ao Natal e não têm já subsídio, porque receberam os dois, um em duodécimos e outro em Junho? Não tem qualquer sentido e cheguei a pensar que era eu que não estava a compreender a questão, mas hoje, felizmente, Passos Coelho veio repor a questão como deve ser posta: Nada mudou. A decisão tomada oportunamente continua válida: Vamos continuar a receber os duodécimos e em Novembro acertam-se contas, recebendo na prática o subsídio de Natal. Claro que não notei que o recebimento desses duodécimos aumentasse a minha pensão líquida, mas isso deve-se a outros factores, a saber, a contribuição extraordinária de solidariedade e o aumento da retenção na fonte. Não é que eu goste desses descontos, mas se me quisesse queixar, teria sido na altura e não agora, que já empochei meio subsídio, embora sem na prática dar por isso. É que sei fazer contas.»
Ao contrário do que ouço dizer, acho que tudo foi bem explicado. O que eu não sabia em 12 de Junho é que era necessário fazer uma lei para consubstanciar aquela decisão. Isso também já está feito.
Felizmente o país é o país, não é o que cada um de nós acha que é o país.
henrique pereira dos santos
Não há palavras para explicar o inexplicável, a teimosia, o desrespeito por todos nós.
Se os nossos governantes vivessem com o valor da pensão dos nossos lavradores e rurais certamente não teriam tido estas escolhas...
Talvez a não-explicação da decisão de não pagar o subsídio de férias no mês que deveria, se deva ao facto de o governo ter de pagar um balurdio para renegociar os "swaps" das empresas públicas.
Resta saber se até à data prometida para pagar os ditos subsídios, não irá aparecer outro buraco fundo, no caminho ziguezagueante deste governo...
Sr.ª Dr.ª Margarida Corrêa de Aguiar:
Usando as palavras do ministro Álvaro Santos Pereira a um deputado numa Comissão Parlamentar: «que parte é que não percebeu? Não há dinheiro, é isso».
Como op dinheiro não se reproduz só por si, se vai para uns sítios falta nos outros.
http://youtu.be/VxSTveARf70
http://youtu.be/OcxS1zYWJms
http://youtu.be/aiTSJekHbxQ
http://youtu.be/5cyy1mwZhnc
os bimbos
queriam comer e não pagar.
andam tão desnorteados quem nem reparam que estão FALIDOS
e têm de trabalhar
nisso ninguém fala
'hoje, por ser 6ªf, não há greve no rectângulo'
não me chamem fascista porque sou anarca e pedreiro livre
Floribundus:
Está-se a referir a que bimbos?
A estes que são apontados aqui?
http://youtu.be/VxSTveARf70
http://youtu.be/OcxS1zYWJms
http://youtu.be/aiTSJekHbxQ
http://youtu.be/5cyy1mwZhnc
O governo tem dinheiro? Bem, primeiro nunca teve, o dinheiro não deixou de ser "meu". O governo usa o "meu" dinheiro. Segundo, ter não tem, gastou em obras estúpidas e em ordenados de gente que não produz. Finalmente, não basta ter, tem que se saber se vai ter, porque ter hoje e deixar de ter amanhã é a mesma coisa que não ter hoje.
Ora, aí está, Tonibler!
Razão pela qual o governo aliena hoje o património público; sabendo antecipadamente que amanhã, o país já não existirá.
Pra qué cagente quer a TAP e os Correios? Alguém tem dinheiro para viajar para algum lado, ou para escrever e comprar um sêlo?
Não tem, evidentemente. E por qué que não tem? Porque o governo gastou o dinheiro da malta. E não tarda, lança um imposto de nacionalidade... por zonas... quem nasceu nas zonas consideradas nobres, ou turísticas, paga mais.
Os cientistas descobriram uma nova fenda tectonica ao largo da costa vicentina... vamos lá ver sé desta...
Caro Gonçalo
As pessoas já não sabem às quantas andam, quanto é que vão realmente receber. Se misturar os duodécimos, com os impostos (sobretaxa, CES, novos escalões) e lhe somar as novas regras do pagamento do subsídio de férias é a confusão geral. Confusão que arrasta insegurança e desconfiança. Não tinha que ser assim. As coisas devem ser explicadas. Quem é que ganha com a confusão instalada?
Caro Luis Moreira
Pois, mas qual a razão para não pagar a outra metade?
Caro manuel.m
Uma teoria da conspiração a considerar.
Caro Freire de Andrade
O ponto é que as pessoas não entendem por que razão o subsídio de férias não ficou integralmente pago em Junho (duodécimos + restante)
Caro Henrique Pereira dos Santos
Disse muito bem, aplica-se a tudo.
Caro luís rodrigues coelho Coelho
É o que muita gente pensa e está a passar.
Caro Bartolomeu
Tudo é possível. Lembrou bem os swaps, não deixa de ser questionável.
Caro Um Zero à Esquerda
É uma resposta que explicará sempre qualquer decisão, qualquer que seja.
Caro Tonibler
Só com um orçamento geracional. Tem sido muito conveniente que não se pense no dia de amanhã. Quem vier a seguir que resolva o problema.
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