Hoje arrumava vária documentação antiga, quando deparei com uma entrevista ao então Presidente da Comissão dos Valores Mobiliários (CMVM), Prof. Teixeira dos Santos, publicada no Suplemento Negócios do DN, datado de 7 de Fevereiro de 2004. A entrevista versava genericamente sobre os problemas da supervisão e terminava da forma seguinte:
Jornalista: "Em Portugal nunca tivemos casos como o da Eron ou da Parmalat..."
Jornalista: "Em Portugal nunca tivemos casos como o da Eron ou da Parmalat..."
Teixeira dos Santos: "Felizmente nunca aconteceu um caso deste tipo. Mas estamos atentos. Até agora não se identificou nenhuma situação. E de acordo com a informação de que dispomos não existe nenhum caso em Portugal que nos cause preocupação".
Pois é: nunca tivemos casos, estamos atentos, nada de preocupações...A vida é bela!...
2 comentários:
Exercício perigoso, este. Se começamos a abrir os nossos baús e a retirar deles as declarações do passado, a já pouca credibilidade de alguns volatiliza-se. Ou então não, que o cidadão comum já acha natural a incoerência, e muito mais a inconsequência...
Aquele padre, que pelos vistos passou pela paróquia de todos nós, é que a sabia toda: olha para o que eu digo, não ligues ao que eu faço!
Pois é, caro Ferreira de Almeida. E porque é assim, dever-se-ia ter mais cuidado em atirar pedras, que podem fazer ricochete...
Enviar um comentário