Vivemos tempos em que a ética anda arredada da vida social, financeira, económica e política e em que a responsabilidade social, que anda na boca de meio mundo, é muito mais um sound bite do que uma prática verdadeiramente assumida.
Têm sido tempos em que as decisões das actuais gerações são tomadas hipotecando o seu bem-estar futuro e o das gerações mais novas. Vivemos o primado do conjuntural sobre o estrutural.
A crise económica veio demonstrar a perigosidade da perda dos valores tradicionais, substituídos por objectivos de resultados efémeros e que aproveitam a uma pequena minoria. Com efeito, a maximização do lucro sem quaisquer restrições éticas e a realização do prazer imediato são geradoras de quebra de valor social e hipotecam a vida das gerações futuras.
Os bons exemplos demonstram-nos, contudo, que não tem que ser assim. É importante que as boas práticas sejam conhecidas e façam o seu percurso, na esperança de chamarem seguidores.
É o caso do "Fundo do Petróleo" da Noruega. É o segundo maior do mundo, financiado por receitas do petróleo, consignadas para beneficiar os filhos dos noruegueses e os filhos dos seus filhos. Os decisores políticos e os cidadãos da Noruega sabendo que as reservas de petróleo não são inesgotáveis entendem que não têm o direito de as utilizar hoje em seu exclusivo benefício.
Para além da ideia de renúncia imediata a uma parte dos lucros do petróleo em benefício do bem estar das gerações futuras, o Fundo impõe nas escolhas dos seus investimentos regras éticas muito rigorosas, que excluem, entre outras, empresas com condutas que não respeitem os direitos humanos ou que sejam danosas para o ambiente, com práticas anticoncorrenciais ou que produzam armamento.
No artigo que nos fala deste Fundo, é apresentado o caso da Wal-Mart, uma empresa conhecida pelas suas práticas de responsabilidade social e ambiental, que não escapou ao crivo das directrizes éticas do Fundo por ter violado direitos humanos fundamentais, como o trabalho infantil.
Estamos, pois, perante um caso raro de generosidade inter-geracional e perante uma iniciativa socialmente responsável, em contra ciclo ao que é o status-quo...
Têm sido tempos em que as decisões das actuais gerações são tomadas hipotecando o seu bem-estar futuro e o das gerações mais novas. Vivemos o primado do conjuntural sobre o estrutural.
A crise económica veio demonstrar a perigosidade da perda dos valores tradicionais, substituídos por objectivos de resultados efémeros e que aproveitam a uma pequena minoria. Com efeito, a maximização do lucro sem quaisquer restrições éticas e a realização do prazer imediato são geradoras de quebra de valor social e hipotecam a vida das gerações futuras.
Os bons exemplos demonstram-nos, contudo, que não tem que ser assim. É importante que as boas práticas sejam conhecidas e façam o seu percurso, na esperança de chamarem seguidores.
É o caso do "Fundo do Petróleo" da Noruega. É o segundo maior do mundo, financiado por receitas do petróleo, consignadas para beneficiar os filhos dos noruegueses e os filhos dos seus filhos. Os decisores políticos e os cidadãos da Noruega sabendo que as reservas de petróleo não são inesgotáveis entendem que não têm o direito de as utilizar hoje em seu exclusivo benefício.
Para além da ideia de renúncia imediata a uma parte dos lucros do petróleo em benefício do bem estar das gerações futuras, o Fundo impõe nas escolhas dos seus investimentos regras éticas muito rigorosas, que excluem, entre outras, empresas com condutas que não respeitem os direitos humanos ou que sejam danosas para o ambiente, com práticas anticoncorrenciais ou que produzam armamento.
No artigo que nos fala deste Fundo, é apresentado o caso da Wal-Mart, uma empresa conhecida pelas suas práticas de responsabilidade social e ambiental, que não escapou ao crivo das directrizes éticas do Fundo por ter violado direitos humanos fundamentais, como o trabalho infantil.
Estamos, pois, perante um caso raro de generosidade inter-geracional e perante uma iniciativa socialmente responsável, em contra ciclo ao que é o status-quo...
2 comentários:
Bem apontado este exemplo, Margarida
Cara Margarida
É realmente digna de registo e de respeito pela intenção em si, esta decisão que na Noruega se tomou em fazer gozar também as gerações futuras, dos chorudos lucros que a existência e a exploração de petróleo vai viabilizando, até ao seu esgotamento final. Não tenho dúvida que este acto histórico, duma impressionante projecção e dignidade sociais, será recordado pela gerações futuras, norueguesas ou não, como um marco politico de altíssima relevância, pelo amor demonstado de pais para filhos.
Por cá, é o contrário. Com a criminosa políticia dos grandes investimentos em obras sem reprodução activa imediata, TGV e companhia, o actual desgoverno prepara-se para, depois de esmifrar as
gerações actuais até 2015 por razões óbvias, ao que se explica, hipotecar definitivamente ao nível das próximas gerações de portugueses, qualquer hipótese de crescimento económico, pela simples razão que antes de mais, há que pagar e resolver a dívida pública e sobretudo os financiamentos externos contraídos para tais desconcertos, uma coisa e outra, a favor de uma prática eleitoralista do actual partido no poder. Uma tragédia.
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