Torturar é um ato eminentemente humano. Apesar de todos os esforços no sentido de não sujeitar ninguém à tortura, o qual pode ser inferido a partir dos diferentes códigos morais e religiosos, continuamos a observar a sua prática em muitas áreas.
É curioso verificar que alguns dos mais altos responsáveis das sociedades permitam o seu emprego, justificando-a com o facto de haver associações de criminosos que “não podem ser detidas ou travadas pelos meios normais”. Como não podem deter os autores pelos meios normais, passam a utilizar a tortura, método anómalo, que assim reaparece legitimado.
Os casos dos presos de Guantánamo, e os que foram, igualmente, alvos de sevícias na prisão iraquiana, estão associados a movimentos islamitas radicais. O islamismo radical passou a ser sinónimo de “privilégio religioso para matar quem quer que seja, mesmo os da própria religião”. É inconcebível que a coberto da religião se pratiquem atos hediondos.
Mas também é surpreendente o comportamento de uma percentagem significativa de praticantes das religiões cristãs ao aceitarem a tortura, tal como foi descrito recentemente num estudo. Independentemente do significado estatístico do Pew Survey, é de arrepiar a percentagem da população norte americana que afirma ser adepta do uso, frequente ou ocasional, em 49% dos inquiridos, da tortura contra “terroristas suspeitos”. Em contrapartida, 25% afirma que tal prática nunca se justifica. A abordagem feita em função do comportamento religioso cristão revela que a percentagem dos que a aceitam sobe para os 62% nos evangélicos, 51% nos católicos de origem hispânica e diminui para 40% nos que não têm qualquer afiliação religiosa.
O que leva algumas pessoas, a pretexto da religião, praticar crimes contra a humanidade e a aceitar práticas proibidas pelos códigos religiosos? Contrassensos que não consigo compreender.
Os cristãos que dão “consentimento” à tortura dos suspeitos de terrorismo terão consciência do seu ato? Não deveriam respeitar os princípios tão amplamente disseminados? Como justificar este comportamento tão estranho? Será que a religião tem a ver alguma coisa com este comportamento ou será que são as convicções políticas que se sobrepõem aos princípios religiosos, anulando-os?
A nossa espécie é muito estranha, para não dizer outra coisa, e quando começamos a analisá-la deste ângulo, mais estranha se torna, deixando pouca esperança quanto ao seu futuro. Comparativamente, merecem muito mais respeito as outras espécies nas quais não são, que eu saiba, reconhecidas tendências para a prática de assassínios a coberto de fundamentalismos religiosos e de tortura contra os seus semelhantes.
É curioso verificar que alguns dos mais altos responsáveis das sociedades permitam o seu emprego, justificando-a com o facto de haver associações de criminosos que “não podem ser detidas ou travadas pelos meios normais”. Como não podem deter os autores pelos meios normais, passam a utilizar a tortura, método anómalo, que assim reaparece legitimado.
Os casos dos presos de Guantánamo, e os que foram, igualmente, alvos de sevícias na prisão iraquiana, estão associados a movimentos islamitas radicais. O islamismo radical passou a ser sinónimo de “privilégio religioso para matar quem quer que seja, mesmo os da própria religião”. É inconcebível que a coberto da religião se pratiquem atos hediondos.
Mas também é surpreendente o comportamento de uma percentagem significativa de praticantes das religiões cristãs ao aceitarem a tortura, tal como foi descrito recentemente num estudo. Independentemente do significado estatístico do Pew Survey, é de arrepiar a percentagem da população norte americana que afirma ser adepta do uso, frequente ou ocasional, em 49% dos inquiridos, da tortura contra “terroristas suspeitos”. Em contrapartida, 25% afirma que tal prática nunca se justifica. A abordagem feita em função do comportamento religioso cristão revela que a percentagem dos que a aceitam sobe para os 62% nos evangélicos, 51% nos católicos de origem hispânica e diminui para 40% nos que não têm qualquer afiliação religiosa.
O que leva algumas pessoas, a pretexto da religião, praticar crimes contra a humanidade e a aceitar práticas proibidas pelos códigos religiosos? Contrassensos que não consigo compreender.
Os cristãos que dão “consentimento” à tortura dos suspeitos de terrorismo terão consciência do seu ato? Não deveriam respeitar os princípios tão amplamente disseminados? Como justificar este comportamento tão estranho? Será que a religião tem a ver alguma coisa com este comportamento ou será que são as convicções políticas que se sobrepõem aos princípios religiosos, anulando-os?
A nossa espécie é muito estranha, para não dizer outra coisa, e quando começamos a analisá-la deste ângulo, mais estranha se torna, deixando pouca esperança quanto ao seu futuro. Comparativamente, merecem muito mais respeito as outras espécies nas quais não são, que eu saiba, reconhecidas tendências para a prática de assassínios a coberto de fundamentalismos religiosos e de tortura contra os seus semelhantes.
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