Hoje, ao deslocar-me até à mata do Buçaco, local que utilizo sempre que tenho algo mais complexo para escrever ou analisar, vi as raparigas do costume na estrada. Muitas, cada vez mais. Algumas, já as conheço, tantas são as vezes que passo por aquelas bandas. Novidade do dia: uma jovem grávida, transportando uma apreciável barriga, a prostituir-se. Meu Deus! Nem queria acreditar!
Pus-me a imaginar a vida daquela criança. Neste momento é feliz. Quente, a nadar num precioso líquido, espreguiçando-se à vontade, a chupar no dedo sempre que lhe apetece, sonhando sem saber que sonha, desconhecendo que existe, mas um dia irá saber que aqueles doces momentos existiram, sem passar fome, divertindo-se com os sons do exterior, e “assustando-se” às vezes para manter funcional os seus mecanismos é o protótipo de um ser biológico a viver no Éden. Um fruto de um acaso, que um dia irá saborear o fel de uma vida mal prometida, logo que for expulso, sem ter sido ouvido e sem ter cometido uma única falta.
Mas que raio de reino é esse em que as crianças não são poupadas nem respeitadas?
Pus-me a imaginar a vida daquela criança. Neste momento é feliz. Quente, a nadar num precioso líquido, espreguiçando-se à vontade, a chupar no dedo sempre que lhe apetece, sonhando sem saber que sonha, desconhecendo que existe, mas um dia irá saber que aqueles doces momentos existiram, sem passar fome, divertindo-se com os sons do exterior, e “assustando-se” às vezes para manter funcional os seus mecanismos é o protótipo de um ser biológico a viver no Éden. Um fruto de um acaso, que um dia irá saborear o fel de uma vida mal prometida, logo que for expulso, sem ter sido ouvido e sem ter cometido uma única falta.
Mas que raio de reino é esse em que as crianças não são poupadas nem respeitadas?
4 comentários:
A malta da "despenalização" vai dizer: lá está, o problema devia ter-se resolvido em devido tempo.
Quanto pior, melhor. Querem refundar a civilização.
Não sei o que será da criança,nada impede que venha a ser criada com muito amor e carinho, oxalá que sim, uma mulher que deseja um filho, apesar dessa vida que leva,há-de saber amá-lo e cuidar dele. Mas que é uma situação muito impressionante, isso é, sem dúvida.
Não há subjacente à minha nota qualquer tentativa de justificar a “despenalização”, nem há qualquer motivo para pretender “refundar a civilização”. Como diz a Suzana, espero que a criança seja amada e cresça com carinho. Mas tenho muitas dúvidas, infelizmente!
Choca-me a situação? Muito, para não dizer demais.
Ainda dizem que “O Reino de Deus é das Crianças”. Estranha forma de amar as crianças…
SMC:
"nem há qualquer motivo para pretender “refundar a civilização”"
Calma. Pretendi dizer que perante situações dramaticamente caricatas como essa, a solução apontada pelos 'tempos que correm' é a mesma que se aplica aos computadores: reset.
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