E com o fim desses "supostos" empresários (na sua leitura e do Tonibler), quanto empregos vão na enxurrada?
Tente ir ao Colombo contar o número de lojas fechadas (diria que é uma estatística do mundo real). Acha mesmo que a Sonae Distribuição vai investir para criar mais postos de trabalho com o que vai poupar na TSU? O que fizeram para já foi incorporar a Vobis na Worten (passe a publicidade)... pelo menos pouparam no número de pessoas nas caixas registadoras.
Compreenderá que no "deve e haver" do Belmiro vs. Tonibler quanto à TSU, eu vou pela opinião do primeiro?
vou repetir o pressuposto do meu elogio à medida: existe a vontade de salvar o estado português. Se não existe, esqueça. O Belmiro quer salvar mas se for eu a pagar. Os professores são enormes defensores do estado português, mas que pague eu. Os militares contestam porque quem deveria pagar era eu. Hoje ouvia que o povo era mole porque não se revoltava, como se o bode velho do Sócrates lá tivesse nascido por geração espontânea...
Aquela bosta faliu! Não vou ser eu a salvar aquilo! Portanto, faça-se como com a falência de qualquer empresa. Mandem-se as pessoas para casa, inventarie-se bens e dívidas e distribua-se o melhor que se puder.
Se queremos salvar aquilo, ou por outras palavras, se vamos continuar a ser sócios, cabe a todos e o todos, por intermédio do TC disse "o caber a todos é assim". E foi assim que se fez.
Agora, honestamente, PQP a todos! Cada um deveria era estar a tratar da sua vidinha porque: Sócios destes? Montem-se!
Sou capaz de compreender que preferisse um mundo em que cada um punha (ou não) um candeeirinho à porta de casa e estava resolvido o problema da iluminação pública, ou que cada um fizesse a sua fossa séptica e estava resolvido o saneamento. Era cada um por si, como diria a Thatcher: não há sociedade, só indivíduos, e assim "dog eats dog".
Mas, de facto, tenho outra visão da sociedade, e por muito que me custe pagar o salário ao Ministro Relvas, ou a reforma ao Cunha Rodrigues, aceito partilhar os custos da mesma.
E como gosto de pensar por mim, quando me tentam vender como brilhante algo que não passa o crivo da realidade não compro. E infelizmente esta realidade hoje passa pelo seu semelhante desempregado, ou pelo velho sem dinheiro para medicamentos. E não basta mandá-los "montarem-se".
Ou nesta? http://quartarepublica.blogspot.pt/search?q=TSU
em que inicia assim o artigo "Tem causado grande controvérsia a proposta contida no Programa Eleitoral do PSD de descer a taxa social única (TSU) em 4 pontos percentuais (pp), para 19.75%, ao longo da próxima legislatura, com o intuito de proceder a uma “desvalorização orçamental” (fiscal devaluation), reduzindo custos do factor trabalho para as empresas (sem baixar salários)"
e peço-lhe que destaque os parêntesis.
Há ainda este escrito do Dr. Miguel Frasquilho (já agora, relembre-o, se o vir...)
O desprendimento com que foi abordada a descida da TSU. É sabido que não sou (nem nunca fui) um entusiasta de tal medida, por razões que podem ser encontradas em alguns dos textos que tenho escrito ao longo do tempo. Foi, por isso, com satisfação que vi o Primeiro-Ministro assegurar que o Governo não vai seguir as recomendações do Fundo Monetário Internacional, de reduzir a taxa social única em oito pontos percentuais, pois tal exigiria um esforço considerável (leia-se: pagamento de mais impostos) para compensar a queda de receitas da Segurança Social. O que, de acordo com o Primeiro-Ministro, “não nos parecia recomendável”. Mais: reconhecendo que uma tal medida nunca foi aplicada em nenhum país, referiu que “não aceitamos, nem aceitaremos” fazer de Portugal um “laboratório para estudar medidas radicais. Isso não vamos fazer”.
neste mesmo artigo, o meu camarada Tonibler, que agora fala dos efeitos MULTIPLICADORES disse isto
Miguel,
a TSU vai acumular às contribuições do pensionista para a sua pensão futura? Não, vai simplesmente alimentar as despesas alheias. É um imposto como qualquer outro. Essa não lhe vou dar de barato, é imposto!"
ou comentário curios do camarada aqui: http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8810054&postID=4079526574953750391&isPopup=true
A questão do IVA nem deveria ter sido levantada, até porque é irrelevante para o assunto.
A TSU paga pelas empresas é um imposto que as empresas pagam por dar emprego e que estas fazem incidir nos custos alocados a cada contratação. Seja porque prisma for, tenha ela o montante que tiver, é uma estupidez económica. A ela se devem os recibos verdes, boa parte do desemprego e a falta de competitividade do trabalho por isso não entendo porque razão se tem que substituir um mal, a TSU das empresas, por outro, o aumento do IVA.
Há que ter a visão e meter a carteira. Porque eu posso ter essa visão a falar outra língua. A questão que coloco não é essa. É ter essa visão com este estado.
Caro Não-Sei-Quê,
Obrigado. Ainda não me tinha lembrado dessa do BI.
Sim, penso que esse também é professor de economia. É como digo, o contribuinte ganhou milhões a formar economistas e recebeu uma carrada de livros de deve e haver. Felizmente hoje um jovem amigo que está a acabar o mestrado de Economia da Nova mostrou-me que entendeu perfeitamente a medida o que dá alguma esperança. Talvez possamos fazer dele ministro lá mais para Dezembro, quando acabar a tese.
Claramente, quem idealizou a medida foram os técnicos da troika, os portugueses continuam aos papéis sem a entenderem. Pode ser que a coisa evolua para eliminarem os intermediários.
Caro Jorge Lúcio: A baixa da TSU para as empresas traduz-se obviamente numa diminuição de custos e assim num aumento da margem, se quiser, em termo final, dos lucros. O que é bom, porque as empresas estão decapitalizadas e muitas com problemas de tesouraria. A tributação excessiva tem levado a cortes no investimento, seja em novos equipamentos, tecnologia, organização empresarial, formação do pessoal, etc, etc, na própria remuneração dos trabalhadores. É perfeitamente natural e lógico e esperável, porque necessário do ponto de vista empresarial e do empresário, que a "folga" assim obtida seja aplicada no que atrás referi, dinamizando desse modo a actividade económica. Além de que novos investimentos ajudarão à produtividade e à competitividade, tornando os bens mais baratos tanto para exportação como para substituir importações. Haverá empresas que distribuirão uma parte pelo pessoal, aumentando ordenados, de outra forma coisa difícil ou impossível. Haverá outras que pagarão a fornecedores, outras que decidirão por novos empregos, outras por não despedir algum pessoal. Também haverá empresários que arrecadarão para si o dinheiro, mas esses não contam, serão uma minoria, são normalmente parasitas da economia que há e haverá em quaisquer circunstâncias. Por isso, se um empresário diz que a descida da TSU não tem qualquer significado ou é cego, ou não quer ver, ou errou a profissão. Foi assim que entendi a frase do Tonibler. Claro que um empresário da distribuição não apreciará a baixa como um outro da produção, se lhe falarem das repercussões em termos de emprego, tão só. O primeiro tem naturalmente tendência a valorar os cortes salariais, com influência directa nos produtos que vende ou distribui, desvalorizando a descida da TSU. Mas a economia não é apenas distribuição, é um complexo de actividades interdependentes, e a baixa dos custos é sempre um factor de dinamização da actividade. Aliás, o que pensava também o explicitei aqui no 4R em post de10.05.2011, link http://quartarepublica.blogspot.pt/2011/05/reducao-da-taxa-social-unica.html, com o título Redução da TSU, um ganho dos portugueses. Contestável? Admito. Mas é a minha opinião, antes e agora.
Ora seja bem reaparecido nesta sua casa. Temos-lhe marcado insistentes faltas, mas não lhe cancelámos a frequência. Ainda bem que voltou, e cheio de garra!. Quanto a perguntar-me sobre se estava a pensar na TSU quando escrevi o post com o link http://quartarepublica.blogspot.pt/2007/11/impostos-mentalidade-e.html e com o título Impostos: mentalidade e (ir)responsabilidade, não estava a pensar nada, pois quem escreveu o texto foi o meu amigo Miguel Frasquilho. Ou se estava a pensar na TSU quando escrevi o post com o link http://quartarepublica.blogspot.pt/search?q=TSU e o título A proposta do PSD de descer a TSU e contas fáceis de fazer, também não estava a pensar nada, pois quem escreveu o texto foi ainda o meu amigo Miguel Frasquilho. Lamento. Mas o que eu pensava e continuo a pensar está explicitado num post meu de 10.05.2011, link http://quartarepublica.blogspot.pt/2011/05/reducao-da-taxa-social-unica.html, com o título Redução da TSU, um ganho dos portugueses. Como vê, continuo a ser coerente. Independentemente do tempo que vai passando.
Caro Tonibler: Como se pode ler na minha resposta ao Jorge Lúcio, é óbvio que não comungo dos seus pressupostos quanto à validade e mérito da frase, que tem todo o mérito e validade, mas por outros motivos. Mas foi e é uma frase brilhante!
No pressuposto de que queremos salvar o estado, a baixa da TSU é boa sob qualquer perspectiva. Sem esse pressuposto é muito melhor nem sequer haver TSU. É para isso que o pressuposto serve.
E coloco o pressuposto porque aquilo que cada vez é mais óbvio para mim é que ninguém comunga destes pressupostos mas ninguém está disponível para o pagar. Ora como alguém vai ter que pagar para ele se salvar e não vai ser nem o BPN, nem as PPP's, nem a Moody's, nem os especuladores da economia de casino, nem o ministro das Finanças, nem aqueles que não são os sacrificados do costume, nem os ricos que pagam crises, nem a Merkel, nem o Sarkozy, nem os usurários do capitalismo internacional, nem a banca, nem os empresários dos Ferraris, nem outros dos habituais culpados,... acho que é tempo de ser pragmático e chamar as pessoas a decidir sobre a existência da República Portuguesa e sobre o custo que isso tem. Até porque está na hora das pessoas começarem a por a carteira onde põem a boca.
as pessoas já andam a meter a carteira há muito tempo. o problema é que agora estão mesmo a abrir a boca. se calhar quando advogavas a fuga aos impostos nos teus périplos de forum de internet, já as pessoas andavam a meter a carteira.
tem mas é dó! agora deste em salvador da patria laranja, queres ver?
A meter a carteira? Deves estar a brincar comigo. Quem é que andou lá a meter o Guterres e o Durão e o Sócrates e essa corja de gastadores do meu dinheiro? Então, AGORA é que é para meter a carteira. Até agora quem meteu a carteira nas vossas decisões foram os alemães!
demagogia. quando te simplificam o discurso, entras na demagogia. mas fico satisfeito em constatar que levas a discussao para a politica, onde ela pertence, e nao para o power point e o excel, onde gostas de estar...
Esta história da TSU é ridícula, eu até tenho simpatia pelo pobre Tonibler que não tem mãos a medir (mas que tem razão, vá lá desta vez estamos de acordo!)
Os assalariados do privado, a quando do corte nos assalariados no público, sempre se desculparam com os pobres diabos que foram parar com o pescoço ao desemprego. Os génios tipo Gomes Ferreira (com emprego assegurado) sempre justificaram a sua não contribuição para o esforço nacional com os outros do desemprego. Pois agora vão também ter de pagar, não foi isso que o TC disse? E bem!?
Acossados do síndrome Miguel Sousa Tavares em campanha pró-tabagista gemem, gritam, esperneiam que é um roubo. É verdade que é um roubo (como também foi para os do público, e uma catástrofe para os que faliram e foram para o desemprego) -- também eles vão ter de pagar a factura!
Tudo quanto é bicho careta do privado esperneia com a TSU.
Sobre os outro, os que vivem do mercado interno. Bem é hora de perceberem que estão entre o martelo e a bigorna. Preparem as costas que vão sofrer, ou então exportem. Mudem de vida! Para falar como o nosso empregado que está no governo.
Quanto à renegociação das PPP, meus amigos, esperem é que uma das grandes não se vá abaixo com um banco... está tudo falido!
Ainda não deram conta?
Já agora, o GDP per capita de Portugal é o mesmo de Malta (onde até se fazem mergulhos interessantes). Já foram a Malta? Aconselho, enquanto Portugal não produzir riqueza exportando, o nosso nível de vida deve ser igual.
21 comentários:
Caro Pinho Cardão,
E com o fim desses "supostos" empresários (na sua leitura e do Tonibler), quanto empregos vão na enxurrada?
Tente ir ao Colombo contar o número de lojas fechadas (diria que é uma estatística do mundo real). Acha mesmo que a Sonae Distribuição vai investir para criar mais postos de trabalho com o que vai poupar na TSU? O que fizeram para já foi incorporar a Vobis na Worten (passe a publicidade)... pelo menos pouparam no número de pessoas nas caixas registadoras.
Compreenderá que no "deve e haver" do Belmiro vs. Tonibler quanto à TSU, eu vou pela opinião do primeiro?
Meu caro Jorge Lúcio,
vou repetir o pressuposto do meu elogio à medida: existe a vontade de salvar o estado português. Se não existe, esqueça. O Belmiro quer salvar mas se for eu a pagar. Os professores são enormes defensores do estado português, mas que pague eu. Os militares contestam porque quem deveria pagar era eu. Hoje ouvia que o povo era mole porque não se revoltava, como se o bode velho do Sócrates lá tivesse nascido por geração espontânea...
Aquela bosta faliu! Não vou ser eu a salvar aquilo! Portanto, faça-se como com a falência de qualquer empresa. Mandem-se as pessoas para casa, inventarie-se bens e dívidas e distribua-se o melhor que se puder.
Se queremos salvar aquilo, ou por outras palavras, se vamos continuar a ser sócios, cabe a todos e o todos, por intermédio do TC disse "o caber a todos é assim". E foi assim que se fez.
Agora, honestamente, PQP a todos! Cada um deveria era estar a tratar da sua vidinha porque: Sócios destes? Montem-se!
Entregue o Bilhete de Identidade e desapareça!
Caro Tonibler,
Sou capaz de compreender que preferisse um mundo em que cada um punha (ou não) um candeeirinho à porta de casa e estava resolvido o problema da iluminação pública, ou que cada um fizesse a sua fossa séptica e estava resolvido o saneamento. Era cada um por si, como diria a Thatcher: não há sociedade, só indivíduos, e assim "dog eats dog".
Mas, de facto, tenho outra visão da sociedade, e por muito que me custe pagar o salário ao Ministro Relvas, ou a reforma ao Cunha Rodrigues, aceito partilhar os custos da mesma.
E como gosto de pensar por mim, quando me tentam vender como brilhante algo que não passa o crivo da realidade não compro. E infelizmente esta realidade hoje passa pelo seu semelhante desempregado, ou pelo velho sem dinheiro para medicamentos. E não basta mandá-los "montarem-se".
Estimado Pinho Cardão,
Era na TSU que pensava quando escreveu este artigo?
http://quartarepublica.blogspot.pt/2007/11/impostos-mentalidade-e.html
Ou nesta?
http://quartarepublica.blogspot.pt/search?q=TSU
em que inicia assim o artigo "Tem causado grande controvérsia a proposta contida no Programa Eleitoral do PSD de descer a taxa social única (TSU) em 4 pontos percentuais (pp), para 19.75%, ao longo da próxima legislatura, com o intuito de proceder a uma “desvalorização orçamental” (fiscal devaluation), reduzindo custos do factor trabalho para as empresas (sem baixar salários)"
e peço-lhe que destaque os parêntesis.
Há ainda este escrito do Dr. Miguel Frasquilho (já agora, relembre-o, se o vir...)
O desprendimento com que foi abordada a descida da TSU. É sabido que não sou (nem nunca fui) um entusiasta de tal medida, por razões que podem ser encontradas em alguns dos textos que tenho escrito ao longo do tempo. Foi, por isso, com satisfação que vi o Primeiro-Ministro assegurar que o Governo não vai seguir as recomendações do Fundo Monetário Internacional, de reduzir a taxa social única em oito pontos percentuais, pois tal exigiria um esforço considerável (leia-se: pagamento de mais impostos) para compensar a queda de receitas da Segurança Social. O que, de acordo com o Primeiro-Ministro, “não nos parecia recomendável”. Mais: reconhecendo que uma tal medida nunca foi aplicada em nenhum país, referiu que “não aceitamos, nem aceitaremos” fazer de Portugal um “laboratório para estudar medidas radicais. Isso não vamos fazer”.
aqui: http://quartarepublica.blogspot.pt/2011/09/o-relevante-da-entrevista-de-passos.html
neste mesmo artigo, o meu camarada Tonibler, que agora fala dos efeitos MULTIPLICADORES disse isto
Miguel,
a TSU vai acumular às contribuições do pensionista para a sua pensão futura? Não, vai simplesmente alimentar as despesas alheias. É um imposto como qualquer outro. Essa não lhe vou dar de barato, é imposto!"
ou comentário curios do camarada aqui: http://www.blogger.com/comment.g?blogID=8810054&postID=4079526574953750391&isPopup=true
A questão do IVA nem deveria ter sido levantada, até porque é irrelevante para o assunto.
A TSU paga pelas empresas é um imposto que as empresas pagam por dar emprego e que estas fazem incidir nos custos alocados a cada contratação. Seja porque prisma for, tenha ela o montante que tiver, é uma estupidez económica. A ela se devem os recibos verdes, boa parte do desemprego e a falta de competitividade do trabalho por isso não entendo porque razão se tem que substituir um mal, a TSU das empresas, por outro, o aumento do IVA.
É por estas que se diz "são iguais..."
Sem comentários...
Caro Jorge Lúcio,
Há que ter a visão e meter a carteira. Porque eu posso ter essa visão a falar outra língua. A questão que coloco não é essa. É ter essa visão com este estado.
Caro Não-Sei-Quê,
Obrigado. Ainda não me tinha lembrado dessa do BI.
Caro JMFA,
Sim, penso que esse também é professor de economia. É como digo, o contribuinte ganhou milhões a formar economistas e recebeu uma carrada de livros de deve e haver. Felizmente hoje um jovem amigo que está a acabar o mestrado de Economia da Nova mostrou-me que entendeu perfeitamente a medida o que dá alguma esperança. Talvez possamos fazer dele ministro lá mais para Dezembro, quando acabar a tese.
Claramente, quem idealizou a medida foram os técnicos da troika, os portugueses continuam aos papéis sem a entenderem. Pode ser que a coisa evolua para eliminarem os intermediários.
Parece que não. A crer nas declarações do senhor ministro das finanças a troika não exigiu a medida.
Estava no MoU desde o princípio. Nós é que fomos assobiando para o lado... Bem, se foi idealizada pelo Teixeira dos Santos, meto-me já num buraco!...
Caro Jorge Lúcio:
A baixa da TSU para as empresas traduz-se obviamente numa diminuição de custos e assim num aumento da margem, se quiser, em termo final, dos lucros.
O que é bom, porque as empresas estão decapitalizadas e muitas com problemas de tesouraria.
A tributação excessiva tem levado a cortes no investimento, seja em novos equipamentos, tecnologia, organização empresarial, formação do pessoal, etc, etc, na própria remuneração dos trabalhadores. É perfeitamente natural e lógico e esperável, porque necessário do ponto de vista empresarial e do empresário, que a "folga" assim obtida seja aplicada no que atrás referi, dinamizando desse modo a actividade económica. Além de que novos investimentos ajudarão à produtividade e à competitividade, tornando os bens mais baratos tanto para exportação como para substituir importações. Haverá empresas que distribuirão uma parte pelo pessoal, aumentando ordenados, de outra forma coisa difícil ou impossível. Haverá outras que pagarão a fornecedores, outras que decidirão por novos empregos, outras por não despedir algum pessoal. Também haverá empresários que arrecadarão para si o dinheiro, mas esses não contam, serão uma minoria, são normalmente parasitas da economia que há e haverá em quaisquer circunstâncias.
Por isso, se um empresário diz que a descida da TSU não tem qualquer significado ou é cego, ou não quer ver, ou errou a profissão. Foi assim que entendi a frase do Tonibler.
Claro que um empresário da distribuição não apreciará a baixa como um outro da produção, se lhe falarem das repercussões em termos de emprego, tão só. O primeiro tem naturalmente tendência a valorar os cortes salariais, com influência directa nos produtos que vende ou distribui, desvalorizando a descida da TSU. Mas a economia não é apenas distribuição, é um complexo de actividades interdependentes, e a baixa dos custos é sempre um factor de dinamização da actividade.
Aliás, o que pensava também o explicitei aqui no 4R em post de10.05.2011, link http://quartarepublica.blogspot.pt/2011/05/reducao-da-taxa-social-unica.html, com o título Redução da TSU, um ganho dos portugueses.
Contestável? Admito. Mas é a minha opinião, antes e agora.
Caro Carlos Monteiro:
Ora seja bem reaparecido nesta sua casa. Temos-lhe marcado insistentes faltas, mas não lhe cancelámos a frequência. Ainda bem que voltou, e cheio de garra!.
Quanto a perguntar-me sobre se estava a pensar na TSU quando escrevi o post com o link http://quartarepublica.blogspot.pt/2007/11/impostos-mentalidade-e.html e com o título Impostos: mentalidade e (ir)responsabilidade, não estava a pensar nada, pois quem escreveu o texto foi o meu amigo Miguel Frasquilho.
Ou se estava a pensar na TSU quando escrevi o post com o link http://quartarepublica.blogspot.pt/search?q=TSU e o título A proposta do PSD de descer a TSU e contas fáceis de fazer, também não estava a pensar nada, pois quem escreveu o texto foi ainda o meu amigo Miguel Frasquilho.
Lamento.
Mas o que eu pensava e continuo a pensar está explicitado num post meu de 10.05.2011, link http://quartarepublica.blogspot.pt/2011/05/reducao-da-taxa-social-unica.html, com o título Redução da TSU, um ganho dos portugueses. Como vê, continuo a ser coerente. Independentemente do tempo que vai passando.
Caro Tonibler:
Como se pode ler na minha resposta ao Jorge Lúcio, é óbvio que não comungo dos seus pressupostos quanto à validade e mérito da frase, que tem todo o mérito e validade, mas por outros motivos. Mas foi e é uma frase brilhante!
Caro Pinho Cardão,
No pressuposto de que queremos salvar o estado, a baixa da TSU é boa sob qualquer perspectiva. Sem esse pressuposto é muito melhor nem sequer haver TSU. É para isso que o pressuposto serve.
E coloco o pressuposto porque aquilo que cada vez é mais óbvio para mim é que ninguém comunga destes pressupostos mas ninguém está disponível para o pagar. Ora como alguém vai ter que pagar para ele se salvar e não vai ser nem o BPN, nem as PPP's, nem a Moody's, nem os especuladores da economia de casino, nem o ministro das Finanças, nem aqueles que não são os sacrificados do costume, nem os ricos que pagam crises, nem a Merkel, nem o Sarkozy, nem os usurários do capitalismo internacional, nem a banca, nem os empresários dos Ferraris, nem outros dos habituais culpados,... acho que é tempo de ser pragmático e chamar as pessoas a decidir sobre a existência da República Portuguesa e sobre o custo que isso tem. Até porque está na hora das pessoas começarem a por a carteira onde põem a boca.
as pessoas já andam a meter a carteira há muito tempo. o problema é que agora estão mesmo a abrir a boca. se calhar quando advogavas a fuga aos impostos nos teus périplos de forum de internet, já as pessoas andavam a meter a carteira.
tem mas é dó! agora deste em salvador da patria laranja, queres ver?
Caro Dr Pinho Cardão,
Prazer em rele-lo. Daqui a pouco faço um bocado de research sobre os seus escritos...:) por agora falhei....
A meter a carteira? Deves estar a brincar comigo. Quem é que andou lá a meter o Guterres e o Durão e o Sócrates e essa corja de gastadores do meu dinheiro? Então, AGORA é que é para meter a carteira. Até agora quem meteu a carteira nas vossas decisões foram os alemães!
demagogia. quando te simplificam o discurso, entras na demagogia. mas fico satisfeito em constatar que levas a discussao para a politica, onde ela pertence, e nao para o power point e o excel, onde gostas de estar...
Esta história da TSU é ridícula, eu até tenho simpatia pelo pobre Tonibler que não tem mãos a medir (mas que tem razão, vá lá desta vez estamos de acordo!)
Os assalariados do privado, a quando do corte nos assalariados no público, sempre se desculparam com os pobres diabos que foram parar com o pescoço ao desemprego. Os génios tipo Gomes Ferreira (com emprego assegurado) sempre justificaram a sua não contribuição para o esforço nacional com os outros do desemprego. Pois agora vão também ter de pagar, não foi isso que o TC disse? E bem!?
Acossados do síndrome Miguel Sousa Tavares em campanha pró-tabagista gemem, gritam, esperneiam que é um roubo. É verdade que é um roubo (como também foi para os do público, e uma catástrofe para os que faliram e foram para o desemprego) -- também eles vão ter de pagar a factura!
Tudo quanto é bicho careta do privado esperneia com a TSU.
Sobre os outro, os que vivem do mercado interno. Bem é hora de perceberem que estão entre o martelo e a bigorna. Preparem as costas que vão sofrer, ou então exportem. Mudem de vida! Para falar como o nosso empregado que está no governo.
Quanto à renegociação das PPP, meus amigos, esperem é que uma das grandes não se vá abaixo com um banco... está tudo falido!
Ainda não deram conta?
Já agora, o GDP per capita de Portugal é o mesmo de Malta (onde até se fazem mergulhos interessantes). Já foram a Malta? Aconselho, enquanto Portugal não produzir riqueza exportando, o nosso nível de vida deve ser igual.
Simples, não?!
igual ao de Malta...
Simples caro IMR, simples!
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