Que princípios, que valores, que moral, que ética, que objectivo
social útil levam a que a Fundação Mário Soares seja financiada com dinheiro
dos impostos ou com díivida pública?
Que princípios, que valores, que moral, que ética, que objectivo
social útil levam o Governo a continuar a financiar a Fundação Mário Soares com
dinheiro que é retirado aos 13º e 14º mês ou com dívida pública?
Que princípios, que valores, que moral, que ética, pessoal ou republicana,
levam a que Mário Soares não recuse essa dádiva extorquida a muitos que dela
necessitariam e que propala tanto defender?
Que princípios, que valores, que moral, que ética, pessoal ou republicana,
levam a que Mário Soares não recuse essa dádiva de fundos fundos públicos para
os seus objectivos de vida pessoais e, assim, privados?
22 comentários:
Ora aqui está uma matéria em que não podia estar mais de acordo com a opinião que o caro Dr. Pinho Cardão expressa.
Apesar de serem coisas distintas, nem me parece justo, que as fundações sejam suportadas por dinheiro do povo, nem ainda os gabinetes dos ex-presidentes, com todo o equipamento mobiliário e humano que lhe está distribuído.
Para quê? Com que utilidade?
Se um presidente que cessa funções tem o dever pátrio de responder a participar no Conselho de Estado e não, a exercer a presidência em parceria com o presidente eleito, porque carga de água tem direito a um gabinete permanente, a assessor, a secretária, a auxiliar, a equipamentos informáticos, de comunicações, de segurança e de conforto?
Mais o pópó, mais o combustível, a manutenção, o motorista e as deslocações...
Por tudo isto e mais aquilo que nem suspeitamos, Portugal, não é um país das bananas... é um país de BANANAS!
em principio e segundo os estatutos da mesma , que são publicos, será isto:
"(...)ARTIGO 4º (Fins)
A Fundação, como projecto europeu, tem por fim realizar, promover e patrocinar acções de carácter cultural, científico e educativo nos domínios da ciência política, da história contemporânea, das relações internacionais e dos direitos humanos.
ARTIGO 5º (Objecto)
1. A Fundação desenvolverá as actividades que os seus órgãos entendam como mais adequadas à realização dos seus fins, tomando como pontos de referência na escolha das suas iniciativas e na dos respectivos destinatários ou dados biográficos daquele que lhe dá o nome: um político português que, coerente e empenhadamente, lutou pela implantação no seu País da Democracia e de um regime de solidariedade e justiça social, um europeu interessado na construção de uma Europa onde a preservação das identidades nacionais se conjugue com a edificação de uma sociedade política plurinacional, um cidadão do Mundo envolvido activamente na promoção da Paz, de maior justiça nas relações entre os povos e na concreta universalização do respeito pelos direitos humanos.
2. Sem prejuízo do exercício de outras actividades próprias da realização dos seus fins, poderá a Fundação:
a) Executar, promover ou patrocinar projectos de investigação em domínios concernentes aos seus fins;
b) Constituir e organizar o arquivo pessoal do Dr. Mário Soares e todos os outros que aí sejam incorporados;
c) Realizar, promover ou patrocinar acções de formação e de debate através de conferências, seminários e colóquios;
d) Realizar, promover ou patrocinar actividades de fomento cultural e de divulgação, em especial as dirigidas à juventude;
e) Realizar, promover ou patrocinar actividades editoriais;
f) Instituir prémios e conceder bolsas de estudo, compatíveis com os seus fins e possibilidades;
g) Subvencionar a publicação de estudos;
h) Constituir e montar uma biblioteca especializada nas áreas da ciência política, da história contemporânea, das relações internacionais e dos direitos humanos;
i) Promover o desenvolvimento de estudos europeus, tendo em vista a nova construção europeia e a participação de Portugal na União Europeia;
j) Estimular a cooperação cultural e científica entre Portugal e os países africanos lusófonos, o Brasil, Timor – Leste, Índia (Goa) e Região Administrativa Especial de Macau. (...)"
Se de facto é ou não cumprido....Se de facto se justifica ou não o apoio...Se de facto se verifica o retorno á Sociedade, assim como a validade desse retorno...
...é me dificil, como cidadão simples, conseguir verificar e avaliar estes "Se's".
Tanto para esta fundação, como para muitas outras.
agora duas coisas são para mim mais que certas:
- Não se eliminam ou aceitam Fundações, só pelo nome! Terá de ser de facto e concretamente, pelo seu contributo valido ou não á Sociedade.
- Para uma sociedade que se pretende moderna e de futuro, com a excelencia essencial a conceitos como "produtividade" "iniciativa" "modernidade"...para q uma sociedade consiga concretizar estes conceitos...A CULTURA E OS SABERES (ciencia, histora, humanidades, etc etc) são não só preponderantes como patra mim até mesmo imprescindiveis!
quantoa mim não será nunca possivel sustentar deficits e garantir crescimento...numa sociedade inculta, mecanica e sem historia!
(e isto é valido para todas as fundações independentemente do seu NOME PROPRIO!)
CAro Pinho Cardão,
essas coisas não se aplicam a gente como nós. Uma coisa é estar a falar dos portugueses em geral outra é falar do Portugal que interessa. Essas coisas não se aplicam a gente como nós que sabe estar, isso é para os besuntas que nem percebem a enorme honra que têm por terem a sua vida insignificante direccionada por gente própria e sofisticada como nós. Eu leio o L'Monde, com a breca!
«Que princípios»?
Republicanos, Seguro?
A bem de Sexa Vaidade Sores.
Na Fundação, como nas três propriedades/habitações, a cargo da PSP/GNR.
Pedro,
sobre estatutos.
A lenga lenga do costume.
Com Sócrates e o seu Chief of Defense, Little minister Saveriano:
Tal Fundação a suportar, verbas da dita cuja (pois) somadas a uns milhares de euros do MDN (pois):
Trabalho, estudo (muito se estuda em Portugal) de um oficial superior do Exército e um académico universitário civil sobre... Defesa (Pois, Estatutos & OE).
A bem do Regime.
Resumindo & concluindo:
Dom Mário I o Socialista;
Dom Sampaio I, o Mole;
Dom Cavaco agora, o Teso.
De acordo.
Este governo não tem a mínima vontade política para reduzir a despesa onde ela deve ser reduzida: nos gastos parasitários da administração pública paralela, onde se incluem as Fundações, a par das empresas municipais, institutos, comissões, autoridades, agências, etc, etc.
Não, o programa “escondido” do governo é outro. Redução salarial e corte nas funções sociais do Estado. Numa transferência de rendimentos das famílias para as grandes empresas e para o capital financeiro. Num aumento rápido e acentuado das desigualdades sociais.
E quando o Tavares Moreira refere “não consegui vislumbrar (referindo-se à manifestação de 15 de Setembro) nenhum sinal de protesto contra os abusos incomensuráveis de despesa pública praticados ao longo de sucessivos anos de má governação que, como bem sabemos, constituem o principal factor da amarguíssima situação em que o País se encontra”, pode ele estar certo que os manifestantes protestavam sobretudo por verificar ser este governo incapaz de reduzir, tanto como todos os outros anteriores, a despesa pública onde ela deve efectivamente ser reduzida preferindo antes diminuir drasticamente o rendimento das famílias.
Os mesmos que indultaram Otelo Saraiva de Carvalho.
Oh!Caro Pedro:
Então o meu amigo vai nessa, da cultura assim tão prodigamente distribuída aos cidadãos por essa Fundação?
Olhe que Mário Soares seria mesmo o primeiro a dar-lhe um valente raspanete por essa sua crédula ingenuidade...O que Mário Soares lhe diria era que a Fundação "desenvolve as actividades que os seus órgãos entendam como mais adequadas à realização dos seus fins", como dizem os Estatutos. E que a referência "na escolha das suas iniciativas e na dos respectivos destinatários..." é Mário Soares.
A Fundação está lá para servir o dono e patrono. Simplesmente.
Caro Tonibler:
Eu sei, eu sei...Oh o Le Monde!...Uma Bíblia. Quem lê o Monde tem logo certificado cultural. Tem toda a razão. Nós, que o lemos, estamos acima da vulgaridade!...
Caro Bartolomeu:
O gabinete e apoio, acho que é devido. Afinal, Presidente sempre foi Presidente. Há que honrar a instituição.
O resto é que é dispensável.
Caro Pinho Cardão
Muito Oportuno uma vez mais.
Um dos grandes problemas que nos afecta, é que este e outros sujeitos ainda tem tempo de antena.
Posso entender algo, .... um cidadão com 14 policias ao seu serviço, impressiona ..... não entendo que segurança necessita este sujeito ?
A utilidade publica não se discute para esta ou outras fundações, se realmente realizam alguma atividade sem fins lucrativos e de utilidade publica......... mas que paguem os que lhe devem favores, não os demais cidadãos Nacionais.
Portugal não deve nada a este sujeito, mas sim o contrario, ele e toda a sua família é que devem muito a Portugal.
Um Abraço
E já agora a esposa do Dr. Soares tambem preside a uma outra fundação (conforme entrevista recente na TV). Não conheço a sua actividade nem os seus estatutos. Mas 2 fundações numa familia, com financiamentos públicos, numa época de crise como a que vivemos, não será demais?!...
Francisco
Caro Dr. Pinho Cardão; se a "instituição" não fôr por natureza, honrada, duvido que seja a atribuição do gabinete e de todas as mordomias adjacentes, que lha irão conferir.
Penso que todos os trabalhadores, honrados pagadores de impostos, pensarão o mesmo que eu. Vou até um pouco mais longe... penso que o ex-Presidente da República, General Ramalho Eanes, pensará do mesmo modo.
Caro Bartolomeu,
o meu caro, como o General Ramalho Eanes, estão claramente desajustados da mais elementar ética republicana.
Sem dúvida um post onde estamos todos de acordo.
Estaríamos ainda mais se todos como cidadãos (numa altura em que se fala da necessidade de dar oxigénio à cidadania e à economia fossemos contra o governar sempre com a ligeireza dos aumentos - tirando a uma parte substancial da cidadania acesso a serviços básicos do estado.)
Criminosa maneira de governar, diria eu.
«A partir de 1 de Outubro, a maioria das ‘taxas' que os cidadãos e as empresas pagam nas conservatórias públicas vai aumentar. Nalguns casos mais do que duplicam. Procedimentos como o casamento fora da conservatória, o divórcio com partilha de bens, a conversão da separação em divórcio, a habilitação de herdeiros por morte, a aquisição de nacionalidade, a fusão ou cisão de sociedades, a constituição de associações e os respectivos registos vão sofrer um aumento no preço, segundo o novo Regulamento Emolumentar dos Registos e do Notariado, ontem publicado em Diário da República.
Todos os anos há algumas alterações pontuais, mas agora Paula Teixeira da Cruz faz uma revisão mais profunda. Objectivo: tentar captar receita e equiparar preços aos dos privados, estimular o empreendorismo e a actividade económica.
O novo regulamento traz outras novidades, que, indirectamente, aumentam ainda mais o preço cobrado pelas conservatórias: não só passam a ser cobradas as consultas às bases de dados, como o desconto pela realização dos registos ‘online' sofre uma significativa quebra. O Ministério da Justiça justifica que foram feitos ao longo dos anos "elevados investimentos" nos suportes electrónicos.»
Caro Pinho Cardão,
O seu artigo ficaria interessante se começado assim:
"Que princípios, que valores, que moral, que ética, que objectivo social útil levam a que a Fundação Mário Soares seja financiada com dinheiro dos impostos ou com díivida pública? E aos trabalhadores seja feita uma redução de ordenado?"
Mas o meu caro preferiu a discussão política sobre inimigo de estimação favorito, o que não acrescenta nada à questão. Não é só dos políticos que o eleitorado está afastado. É também daqueles que podendo trazer nova luz, não o fazem: jornais, analistas, comentadores e porque não, blogues.
Nisso tem toda a razão, caro Tonibler.
Basta recuarmos ao tempo da instauração da república, em que o Presidente eleito só podia usar Um palácio nacional e era obrigado a pagar renda.
Pimba!
Para se deslocar, usavam transportes públicos, na época, os carros tirados por cavalos, e pagavam do seu bolso.
O primeiro presidente a usar a Cidadela de Cascais, fêlo a conselho médico, devido a problemas de saúde, sendo obrigado a pagar o aluguer. Quando faleceu, foi o filho que pagou a renda em atraso.
Pimba!
Os tempos mudaram e com o "aprimorar" do republicanismo, os presidentes passaram a ter direito a permanecer no Palácio Nacional de Belém, com todas as despesas pagas, inclusivé alimentação, transporte e gabinete para as primeiras-damas (que não foram eleitas). Eanes, foi o único presidente que pagava do bolso dele os géneros, sempre que tencionava oferecer um almoço a convidados pessoais.
Et vive la Republique!!!
Caro Pinho Cardão,
se é assim...se basta ler alguns trechos dos Estatutos e verificar quem é o mentor da Fundação...para conlcuir sobre o trabalho da mesma!
Se á avaliação da Fundação em si mesma, se juntam os beneficios e regalias pessoais do mentor.
Se é assim que se pretendem uma sociedade melhor e mais justa...temo bem q nunca se lá chegue.
Entretanto, se o que se debate/pratica é apenas um frivolo exercicio de tiro ao alvo, que Fundações com regalias de ex-presidentes...
...sou tentado a deixar um ALERTA aos "franco-atiradores", que é o seguinte:
- Cavaco Silva tá á beirinha de fazer os dois mandatos, e obter o mesmo "estatuto" e regalias que o exPR Soares ou o exPR Sampaio...digamos que passará a fazer parte da chamada "caça grossa"!
(...guardem uns cartuchos para essa altura, que depois falaremos!)
Caro Pedro:
Confunde estatuto inerente ao cargo com Fundações.
Não critico o estatuto que é dado aos ex-Presidentes. Devem ser tratados com toda a dignidade.
Mas Ramalho Eanes, Sampaio,(e presumivelmente Cavaco)calmamente saíram e calmamente estão, não recorreram a Fundações e a subsídios do Estado para os seus desígnios pessoais.
Nada de confusões.
Caro CMonteiro:
Mas faz alguma diferença?
Por outro lado, não sou inimigo de ninguém; por isso, muito menos sei o que sejam inimigos de estimação.
Vou apenas louvando aquilo que gosto e criticando o que não gosto ou não me parece bem. Só isso.
E sempre admiti e vivo bem com o contraditório.
Caro Francisco:
De facto, a Drª Maria Barroso tem também uma Fundação, a Fundação Pro Dignitate, julgo eu que é o nome. Mas esta tem fins marcadamente sociais. Coisas diferentes!
Caro Pinho:
Então, (e pondo de parte qqr argumentação sobre a validade ou não da Fundação, e sua verificação)
se sou "ingenuo" ao ponderar a hipotetica possibilidade de qualquer Fundação trazer beneficios á Sociedade...
Quem deveria, num tempo de parcos recursos, ter eliminado o (suposto) abuso que toma por certo ?
Aparentemente, (pelo tom geral dos comentadores deste post), é digamos que "aceite" nesta "tribuna" que o abusador é o MarioSoares, e a sua fundação!
Agora se isto é aparentemente tão unanime, até acima de qualquer "ingenuidade", quem serão os responsaveis pelo Estado que não acabam com o abuso ?
São apenas incompetentes, ou é mesmo cumplicidade e interesses pessoais ?
Caro Pedro:
Uma das interrogações do meu post era esta.
"Que princípios, que valores, que moral, que ética, que objectivo social útil levam o Governo a continuar a financiar a Fundação Mário Soares com dinheiro que é retirado aos 13º e 14º mês ou com dívida pública?".
Eu,um simples operário emigrante na Holanda desde 1964 e já velhote (88anos),digo simplesmente que os trafulhas,os pulhas,os velhacos,os cínicos,os hipócritas da Alta,da Média,da Pequena Burguesia com destaque para a ICAR mas também de gente da Plebe que sabiam como tirar o melhor partido da Ditadura clerical-fascista do Estado Novo, agora,em liberdade e «democracia» e com o Liberalismo económico-financeiro em que cada qual se safa como pode,ÊLES,seus apaniguados e «filhos da mesma escola»,muito melhor sabem como tirar o melhor partido desta SITUAÇÃO.Só os bem intencionados ou os palermas como eu,é que foram,são e serão sempre as eternas vítimas do »Sistema».E não esquecer que ÊLES estão a vingar-se do 25 d'Abril.
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