Tanta celeuma à volta de Vital Moreira e à sua agressão no Dia do Trabalhador. Telejornais e rádios a abrirem com as respetivas reportagens, jornais com a primeira página a denunciar a situação, blogs e twitter cheios de comentários e de análises, debates televisivos com pompa e sem circunstância e não são capazes de dar o mínimo de destaque a Maria dos Anjos Gorena, madre superiora das Irmãs Oblatas, que, conjuntamente com mais uma freira e sete prostitutas, desfilaram no 1º de Maio com guarda-chuvas vermelhos, insígnia das ditas cujas. Mas a “irmã” não se ficou só pelo desfile, colocou-se no grupo da Pantera Rosa e teceu elevadas considerações às pessoas fabulosas que o constituem. Está no seu direito. Quando lhe foi colocada a questão de que é “algo pouco comum na Igreja Católica...”, a madre mandou esquecê-la e afirmou que “se Jesus estivesse aqui andaria a distribuir preservativos pelas prostitutas”. Nem mais! Ai, madre, madre, se estas afirmações chegarem lá acima, não digo ao céu, claro está, mas sim ao Vaticano, vai ser o bom e o bonito! E ninguém realça o comportamento herético de uma religiosa! Só ligam ao bispos, caso do bispo de Viseu (tarda a prometida reação vaticaniana) e ao papa!
2 comentários:
Fui saber quem eram as irmãs Oblatas e extraí do texto este pequeno excerto bem elucidativo do objecto das irmãs:
“…O amor e respeito à mulher prostituída, como ser único e portador de direitos universais, o estímulo aos movimentos sociais por forma a despertar a mente social, promovendo a denúncia, o diálogo e a reflexão e a formação contínua e permanente das irmãs Oblatas no sentido de estarem atentas às frequentes transformações do fenómeno, são os principais desígnios desta obra social…”
Posto isto, acho que sim, a irmã merecia ser comentada, pois assume o seu papel com a cabeça bem erguida, sem fingimentos e sem hipocrisia.
Um religioso que faz o bem só é promovido passados, no mínimo, 500 anos.
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